Estadão

DF: influenciador é preso em operação contra rifa irregular e lavagem de dinheiro

Um influenciador digital que compartilhava imagens com carros de luxo e organizou uma rifa de uma caminhonete foi preso na manhã desta segunda-feira, 21, no Distrito Federal, durante a Operação Huracán. Segundo a Polícia Civil, o homem é investigado por lavagem de dinheiro e prática de jogo de azar, como suposta liderança de uma "associação criminosa interestadual" que teria faturado R$ 20 milhões em menos de dois anos.

A polícia divulgou ter apreendido nove veículos, incluindo Lamborghini Huracán e Ferrari 458 Spider, avaliados em R$ 3 milhões, cada, além de motocicleta e jet-ski. A mansão em que o suposto líder do grupo residia foi sequestrada judicialmente, assim como R$ 10 milhões em contas investigadas. Quatro pessoas foram presas.

Ao todo, foram cumpridos oito mandados de busca em Brasília, Águas Claras, Guará e Samambaia, no Distrito Federal. "A associação criminosa era capitaneada por influencers, que promoviam e rifavam veículos no Instagram e em canais do Youtube. Após cair no gosto dos seguidores, os veículos eram preparados com rodas, suspensão e som especiais, e os sorteios eram anunciados na internet. Como possuíam milhares de seguidores, as rifas eram vendidas com facilidade", apontou a corporação.

Ainda de acordo com a polícia, em nota, os valores arrecadados com as rifas eram transferidos para contas de empresas de fachada e, posteriormente, utilizados para a compra de novos veículos, registrados em nomes de terceiros, "testas de ferro".

O influenciador apontado como líder do grupo tem 1,4 milhão de seguidores do Instagram, 275 mil no Facebook e 1,2 milhão no Youtube, no qual soma mais de 158,2 milhões de visualizações em vídeos, voltados a reformas e personalização de carros de luxo.

Horas antes da operação policial, ele publicou imagens e vídeos na caminhonete F-250 que colocou em uma rifa virtual, com números a R$ 6,50. Em postagens anteriores, costumava posar ao lado de carros de luxo de modelos variados. A operação foi realizada pela Divisão de Repressão a Roubos e Furtos, com o apoio da Subsecretaria da Receita do Distrito Federal e da Secretaria de Avaliação,Planejamento, Energia e Loteria do Ministério da Economia.

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