Estadão

Déficit nominal do setor público soma R$ 22,545 bi em fevereiro, diz BC

O setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras) registrou um déficit nominal de R$ 22,545 bilhões em fevereiro, conforme divulgação do Banco Central. Em janeiro, o resultado nominal havia sido superavitário em R$ 84,061 bilhões e, em fevereiro de 2021, deficitário em R$ 40,966 bilhões.

No segundo mês de 2022, o Governo Central (Tesouro Nacional, Banco Central e INSS) registrou déficit nominal de R$ 38,828 bilhões.

Os governos regionais (Estados e municípios) tiveram saldo positivo de R$ 14,139 bilhões, enquanto as empresas estatais registraram superávit nominal de R$ 2,144 bilhões.

O resultado nominal representa a diferença entre receitas e despesas do setor público, já após o pagamento dos juros da dívida pública.

<b>Acumulados</b>

No ano até fevereiro, o superávit nominal somou R$ 61,516 bilhões, o que equivale a 4,11% do PIB.

Em 12 meses até fevereiro, há déficit nominal de R$ 299,109 bilhões, ou 3,38% do PIB.

<b>Gasto com juros</b>

O setor público consolidado teve um resultado negativo de R$ 26,016 bilhões com juros em fevereiro, após esta rubrica ter em encerrado janeiro com um gasto de R$ 17,772 bilhões, informou o Banco Central.

Conforme o BC, o Governo Central teve no segundo mês de 2022 despesas na conta de juros de R$ 19,647 bilhões.

Os governos regionais registraram gastos de R$ 6,033 bilhões e as empresas estatais, despesas de R$ 335 milhões.

No ano até fevereiro, o gasto com juros somou US$ 43,788 bilhões, o que representa 2,93% do PIB.

Em 12 meses até fevereiro, as despesas com juros atingiram R$ 422,536 bilhões (4,78% do PIB).

<b>Greve</b>

Com a trégua na greve dos servidores do BC até esta segunda-feira, a autarquia começou a atualizar na semana passada as divulgações que estavam atrasadas, como as estatísticas fiscais. Mas os dados apresentados no período da manhã ainda estão defasados.

As informações de fevereiro deveriam ter sido conhecidas no final do mês passado e, em abril, os resultados de março. Os servidores vão retomar a greve a partir da terça-feira, 3, e o BC ainda não se pronunciou sobre o efeito nas divulgações.

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