Embora em menor número, os homens estão inseridos na profissão de secretariado e também lutam para quebrar estigmas que a sociedade atribui à profissão. Hoje, no Dia da Secretária (30), vale lembrar que a profissão não é exclusivamente feminina.
Anderson Miranda, 26 anos, é formado no curso de Secretariado Executivo pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Único homem da sua turma, o secretário não sentiu preconceito das colegas do curso, iniciado em 2014 e concluído no ano passado.
“As meninas sempre foram muito receptivas e me apoiaram. Eu sentia um pouco de julgamento quando eu contava para pessoas de fora da universidade. Fiz algumas seletivas e também não sentia que ali havia algum julgamento, apesar de que ainda vejo vagas de emprego em que optam somente pelo sexo feminino”, conta.
A vontade de ingressar na faculdade de Secretariado Executivo se deu justamente pelo curso ser aberto a qualquer pessoa e pela grade curricular ofertar uma infinidade de disciplinas que unem dois de seus maiores interesses profissionais: administração e idiomas.
“Na graduação, logo de início temos matérias de introdução à Administração, língua portuguesa e idiomas, que na UFBA são inglês e espanhol. Isso dá uma ideia geral de como vai ser o decorrer do curso. As disciplinas focam muito na boa comunicação e assessoramento, duas das principais atribuições da profissão. Muita gente não sabe, mas pegamos matéria sobre Relações Públicas, Economia, Psicologia e também uma matéria de teatro que trabalha a nossa dicção”, explica o profissional.
Em relação ao dia que comemora a profissão, regulamentada desde 1985, a comemoração se baseia na defesa pelos direitos da categoria, além de reforçar o caráter plural da profissão. “Eu acredito que a existência dessa data é importante, pois ajuda no reconhecimento da profissão, de sua importância. Além de ajudar na popularização, tendo em vista que muita gente nem sabe o que faz a pessoa formada em secretariado executivo”, conclui Anderson.