O Dia das Mães em 2015 deve render um crescimento de 18% nas vendas para o comércio eletrônico e movimentar R$ 1,9 bilhão. O cálculo é da consultoria E-bit, que atribui o avanço à disposição do consumidor em gastar mais com o presente nessa data, ainda que a variação no volume de vendas permaneça estável. No mesmo período do ano passado, o faturamento do e-commerce no Brasil foi de R$ 1,6 bilhão.
Ainda de acordo com a E-bit, as categorias de produtos mais procuradas são Moda e Acessórios (que representaram 19% do total de vendas no mesmo período do ano passado), itens relacionados à saúde (11% em 2014) e Eletrodomésticos (11%). Cosméticos e Perfumaria, Telefonia, Eletrônicos e Livros também têm participação importante nas vendas no período.
“A cada ano, percebemos um aumento no ticket médio para o presente do Dia das Mães, fator que ajuda, inclusive, no crescimento do faturamento para a data. Notamos que as compras estão cada vez mais planejadas: o consumidor está mais informado e exigente na busca por produtos com maior valor agregado”, explica o diretor de Inteligência e Pesquisa da E-bit, André Dias.
Crise? Mesmo com incertezas em relação à economia – o Índice de Confiança do Consumidor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em abril, ficou 20,1% abaixo do observado no mesmo período do ano passado -, o consumidor prefere itens de maior valor para presentear.
Quem explica é o CEO do Buscapé Company para América Latina, Rodrigo Borer: “Pelo que percebemos desde o início do ano, o consumidor está efetuando menos compras, mas está adquirindo produtos de melhor qualidade e maior preço. Ao mesmo tempo, no e-commerce, há ainda a característica de os preços serem, em geral, mais vantajosos do que no varejo tradicional”. Borer destaca ainda as facilidades oferecidas por lojistas, como frete grátis e embalagens para presentes, como principais atrativos.
Apesar da estimativa otimista da E-bit, as vendas no varejo devem registrar aumento de apenas 0,5% no Dia das Mães, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio (CNC) divulgada na quinta-feira, 30. Esperando o pior resultado para o período desde 2004, a entidade espera para este ano uma receita de R$ 6,5 bilhões no período.