Em Guarulhos, a Força Sindical, que reúne o maior número de sindicatos na cidade e detém o comando dos principais (Metalúrgicos, Servidores e Químicos), deverá obter êxito já que a organização prevê parar fábricas a partir das 5h30 em diferentes pontos da cidade e, em seguida, promover piquetes nas rodovias Presidente Dutra e Fernão Dias. Essas ações servirão para impedir a chegada a São Paulo a partir das principais cidades do país.
Estão previstas concentrações em diferentes pontos de Guarulhos, desde o Itapegica até Cumbica, com paralisações em frente ao Internacional Shopping e passeatas pelas ruas do Centro, a partir da praça Getúlio Vargas. Vários estabelecimentos e prestadores de serviços, mesmo não ligados ao meio sindical, estão aconselhando seus funcionários, colaboradores e clientes a não irem ao trabalho ou às compras nesta quinta-feira.
Em São Paulo, há paralisações previstas de metroviários e no transporte público, o que – por si só – servirá para garantir um ar de greve geral na principal cidade do Estado. Como as rodovias que ligam a Capital a outras cidade e estados estarão fechadas, não é difícil prever o sucesso do movimento.
Já as reivindicações divulgadas pelas lideranças são bastante diversas e, em alguns casos, se contrapõem, como é o próprio meio sindical. Enquanto a Força Sindical divulga reivindicações trabalhistas, na lista da CUT aparece até um movimento pela realização do plebiscito pela reforma política, ideia da presidente Dilma Rousseff (PT), que foi rechaçada pelo Congresso Nacional.
As manifestações, segundo a Força Sindical, visam chamar a atenção da sociedade sobre a Pauta Trabalhista, que inclui o fim do fator previdenciário, redução da jornada de trabalho, reajuste para os aposentados, mudanças na equipe econômica e mais investimentos para a saúde e educação.