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DIA DOS PAIS – Inesperados, filhos hoje são a alegria do paizão

O produtor audiovisual Renato Almeida do Nascimento, de 34 anos, tem dois filhos: Anna Luiza, de 3 anos, e Raul Vinicius, de 1 ano. Ele conta que até os 30 anos sempre pensou na possibilidade de ser pai, mesmo sem ser casado. “Quando resolvi viajar pelo mundo, o pequeno e delicioso acidente da paternidade aconteceu”, conta. 
 
Ao saber que seria pai, Renato se deparou com uma mistura de emoções. “Eu e minha esposa não queríamos ser pais naquele momento, estávamos no último ano de faculdade. Me lembro da sensação de querer sair gritando contanto para todos que iria ser pai e ao mesmo tempo um desespero e medo do que iria vir pela frente”, lembra.
 
Os medos para Renato foram diferentes em cada gravidez. “Quando soube da primeira gravidez, realmente deu muito medo de tudo, do que aconteceria dali para frente, mas principalmente do futuro que eu poderia oferecer a Anna Luiza, medo de não saber como educar e preparar uma criança para o mundo. Quando soube da gravidez do Raul Vinicius, meu medo era o de não conseguir dar atenção para os dois sem fazer diferença ou comparações”, conta. 
 
Renato acredita ser um pai participativo, apesar de ser a figura que impõe limites nas crianças e às vezes ser um pouco “chato. “Acho que é como nos filmes policiais, eu sempre acabo fazendo o papel do tira mau, dou broncas, ponho de castigo, não deixo comerem balas antes do almoço. Creio que meu papel é mostrar que algumas regras devem ser seguidas”, diz.
 
Mesmo assim há também os momentos para diversão. “Sou muito presente e ativo. Sempre rolando com eles pelo chão, brincando bastante, desenhando, contando histórias, vendo desenhos com eles. É sempre um prazer e a troca que nós temos é algo difícil de explicar, porque eles conseguem ao mesmo tempo me deixar esgotado e ainda assim eu sinto a minha energia se renovar”, explica. 
 
 Em seu primeiro dia dos pais, Renato recebeu da esposa um cartão com as marcas das mãos e os pés da filha. “Naquela data ela tinha apenas dois meses. O último também foi bem significativo, porque pra quem não queria mais ter filhos estava curtindo meu segundo dia dos pais com duas crianças no colo”, lembra.
 
Desta vez, Renato gostaria de receber o presente que a maior parte dos pais almejam. “Só o fato de poder ouvir eles dizendo ‘feliz dia dos pais’ e que me amam, junto de um abraço,  não tem coisa melhor. Mas não vou reclamar se junto vier uma guitarra nova”, brinca. 
 

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