Relatório da Unesco lançado nesta terça-feira, 22, Dia Mundial da Água destaca o uso sustentável da água subterrânea, que representa 99% de todo o recurso disponível na Terra, como um dos caminhos para que o mundo supere a crise hídrica. Eventos extremos como secas mais severas e prolongadas tendem a se tornar cada vez mais comuns em diversas regiões do mundo, o Nordeste e o Centro-Oeste do Brasil entre elas, de acordo com o último relatório do Painel Intergovernamental sobre o Clima (IPCC), da ONU.
As águas subterrâneas são resultado da infiltração da chuva no solo formando lençóis freáticos e aquíferos, como o Guarani, que se estende do Paraguai, Uruguai e Argentina a boa parte das regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste do Brasil. São mais de 1,2 milhão de quilômetros quadrados e reservas estimadas de quase 40 mil quilômetros cúbicos de água. Esse verdadeiro mar embaixo da terra ainda fica atrás de outro aquífero em território nacional, o Sistema Aquífero Grande Amazônia, com mais de 1,3 milhão de km² de extensão e cerca de 162 mil km³ de reservas.
Segundo o Relatório Mundial da ONU sobre o Desenvolvimento dos Recursos Hídricos 2022, com mais investimentos em conhecimento, infraestrutura e capacitação de profissionais, as reservas subterrâneas podem ser catalisadoras do crescimento econômico em todo o mundo. Hoje, essas fontes do recurso fornecem metade do volume da água captada para uso doméstico pela população mundial e cerca de 25% de toda a água captada para irrigação, abastecendo 38% das terras irrigadas do mundo.
Entretanto, diz a Unesco, apesar da enorme importância, muitas vezes esse recurso natural é mal compreendido e, consequentemente, desvalorizado, mal administrado e até mesmo super-explorado. "No contexto da crescente escassez de água em muitas partes do mundo, o vasto potencial da água subterrânea e a necessidade de administrá-la com cuidado não podem mais ser negligenciados", afirma o relatório apresentado nesta terça na cerimônia de abertura do 9º Fórum Mundial da Água, em Dacar, no Senegal.
A projeção do órgão da ONU é que o uso da água irá crescer em cerca de 1% ao ano nos próximos 30 anos. Nesse contexto, é esperado que a dependência dos reservatórios subterrâneos aumente à medida que a disponibilidade de água superficial se torne cada vez menor devido aos efeitos das mudanças climáticas.
Segundo o Relatório Mundial da ONU sobre o Desenvolvimento dos Recursos Hídricos 2022, com mais investimentos em conhecimento, infraestrutura e capacitação de profissionais, as reservas subterrâneas podem ser catalisadoras do crescimento econômico em todo o mundo. Hoje, essas fontes do recurso fornecem metade do volume da água captada para uso doméstico pela população mundial e cerca de 25% de toda a água captada para irrigação, abastecendo 38% das terras irrigadas do mundo.
Entretanto, diz a Unesco, apesar da enorme importância, muitas vezes esse recurso natural é mal compreendido e, consequentemente, desvalorizado, mal administrado e até mesmo super-explorado. "No contexto da crescente escassez de água em muitas partes do mundo, o vasto potencial da água subterrânea e a necessidade de administrá-la com cuidado não podem mais ser negligenciados", afirma o relatório apresentado nesta terça na cerimônia de abertura do 9º Fórum Mundial da Água, em Dacar, no Senegal.
A projeção do órgão da ONU é que o uso da água irá crescer em cerca de 1% ao ano nos próximos 30 anos. Nesse contexto, é esperado que a dependência dos reservatórios subterrâneos aumente à medida que a disponibilidade de água superficial se torne cada vez menor devido aos efeitos das mudanças climáticas.