O Dia Mundial sem Tabaco foi lembrado no Centro de Especialidades Médicas de Guarulhos (Cemeg), na Vila Augusta, nesta terça-feira à tarde, com um teste que mede os níveis de contaminação do pulmão pelo monóxido de carbono, substância liberada pela fumaça do cigarro.
Através do sopro, a medição registrada pelo aparelho monoxímetro foi realizada tanto em pessoas fumantes, como em fumantes passivos, que também acusam pulmões contaminados pelo monóxido de carbono.
Fumante desde os 15 anos, a atendente, Daiane Ferreira, de 30 anos, recorreu aos adesivos, que contém uma quantidade de nicotina, em meados de abril, para conseguir parar de fumar. Mesmo assim, o monoxímetro acusou 1,76, que significa que ela está deixando de ser fumante de nível pesado para leve.
Os gastos de dois maços por dia representam cerca de R$ 2.500 ao ano para a auxiliar operacional, Maria Aparecida Conrado, de 51 anos. Fumando desde os 13 anos de idade, o monoxímetro registrou 3,04, que equivale ao nível de fumante grave. "Já tentei parar com o auxílio do adesivo e do chiclete, mas não consegui. Gosto de fumar, por enquanto não pretendo parar", relata.
Segundo a gerente de projetos e programas da Secretaria Municipal de Saúde, Cristina Passeri, a nicotina causa mais dependência do que a cocaína, por isso existe a necessidade de conscientizar a população sobre os riscos do tabaco.
Os pacientes de todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) receberam folhetos educativos sobre o tema, foram orientados sobre os malefícios do fumo passivo e como resistir ao impulso de fumar.
De acordo o Ministério da Saúde, há uma prevalência de 16% de adultos fumantes no Brasil. O Dia Mundial sem Tabaco é comemorado todo dia 31 de maio desde 1998.