Saúde

Dia Municipal das Pessoas com Paralisia Cerebral entra para o calendário oficial de eventos de Guarulhos

Fotos: Márcio Lino/PMG

Com a recente alteração na lei 7.470, de 4 de maio de 2016, para incluir no Calendário Oficial de Eventos do Município o Dia Municipal das Pessoas com Paralisia Cerebral, definido para 7 de novembro a partir deste ano, a Prefeitura de Guarulhos celebrou nesta segunda-feira (7) a data pela primeira vez com passeio interativo no Parque Fracalanza para crianças assistidas pelo Centro Especializado de Reabilitação (CER II) com diagnóstico confirmado.

O objetivo do passeio é proporcionar atividade sensorial, com estimulação dos sentidos, socialização e interação com o meio ambiente, além de reforçar a importância do cuidado com o mesmo. Além disso, a programação também incluiu orientação sobre o plantio de hortelã, com orientação de preparo feito pela nutricionista do CER II com o intuito de fortalecer a relação entre mães e filhos e potencializar a orientação para que possam ser feitas atividades para além do diagnóstico de paralisia cerebral.

Para as atividades a Secretaria da Saúde se baseou em seis dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis da ONU (Organização das Nações Unidas): os de números 3 (saúde e bem-estar), 4 (educação de qualidade), 10 (redução das desigualdades), 11 (cidades e comunidades sustentáveis), 16 (paz, justiça e instituições eficazes) e 17 (parcerias e meios de implementação). Ao todo dez crianças em desenvolvimento neuropsicomotor de três a sete anos, acompanhadas por suas respectivas mães, participaram da ação.

A dona de casa Priscila Melittio Areão Nunes, de 40 anos, foi uma das participantes. Mãe de Arthur, de três anos e oito meses, diagnosticado aos dez meses com paralisia cerebral e assistido pelo CER II há cerca de um ano, ela conta como tem sido lidar com as necessidades do filho, sobre o apoio que tem encontrado na rede pública de saúde e a importância de um evento como o desta segunda.

“Para o Arthur tenho encontrado 100% de apoio com relação aos cuidados, não tenho do que reclamar. Lidar com as necessidades dele não é fácil, exige muito tempo e dedicação. Não adianta a terapia ser feita se os estímulos não forem orientados em casa”, alerta. Quanto à tarde no parque Fracalanza, ela enfatiza que “o evento é de extrema importância por causa da socialização, do contato com outras crianças e por ser uma atividade diferenciada”, contou Priscila.

Sobre a paralisia cerebral

De acordo com o documento Diretrizes de Atenção à Pessoa com Paralisia Cerebral, publicado pelo Ministério da Saúde em 2014, a condição descreve um grupo de desordens permanentes do desenvolvimento do movimento e postura atribuído a um distúrbio não progressivo que ocorre durante o desenvolvimento do cérebro fetal ou infantil, podendo contribuir para limitações no perfil de funcionalidade da pessoa.

A desordem motora na paralisia cerebral pode ser acompanhada por distúrbios sensoriais, perceptivos, cognitivos, de comunicação e comportamental, por epilepsia e por problemas musculoesqueléticos secundários.

Tendo em vista que na maioria dos casos a paralisia cerebral tem relação com o momento do parto, e só é possível identificá-la no acompanhamento do desenvolvimento da criança, segundo a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência (RCPD) da Secretaria da Saúde, a pasta tem investido em formação e veiculação de informações sobre a importância do pré-natal e do acompanhamento da primeira infância na Atenção Básica.

“Uma vez identificada a necessidade, a criança poderá ser encaminhada aos serviços especializados como o CER II Guarulhos, referência municipal no cuidado e proteção para usuários de todas as faixas etárias, familiares e acompanhantes nos processos de reabilitação física e intelectual”, informou a coordenadora municipal da RCPD e presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Karina Moyano.

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