O Dia Nacional de Mobilização dos servidores federais por reajuste salarial, marcado para 18 de janeiro, contará com atos públicos em frente ao Ministério da Economia e à sede do Banco Central, em Brasília.
Segundo o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), que organiza o movimento, o ato em frente ao BC está marcado para às 10 horas, enquanto, no ministério, irá acontecer às 14h, no Bloco P. Os pedidos de autorização para a realização da manifestação serão enviados ao Governo do Distrito Federal (GDF) nesta quarta-feira.
A paralisação faz parte de um calendário de mobilização aprovado em reunião no dia 29 de dezembro, no contexto de insatisfação do funcionalismo federal com o acolhimento, por parte do governo, dos interesses apenas da categoria de policiais em 2022.
Se não houver resposta pelo governo, a categoria planeja outras mobilizações nos dias 25 e 26 de janeiro. O calendário fecha na primeira semana de fevereiro, quando o Fonacate, que reúne 37 entidades associativas e sindicais, representando cerca de 200 mil servidores públicos, quer realizar novas assembleias para deliberar sobre uma greve geral.
"O convite será estendido a todas as entidades de classe do funcionalismo federal e respectivas bases", diz o Fórum, em nota.
O Fonacate também informa que haverá uma nova reunião na próxima semana com interessados em compor uma comissão de mobilização para organizar o ato do dia 18 e os próximos. O Fórum também tentará alinhar ações conjuntas com o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe).
<b>Entrega de cargos</b>
Insatisfeitos com o governo, mais de 1.200 auditores da Receita Federal já deixaram seus cargos, segundo o Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindifisco). Além disso, mais de 150 auditores-fiscais do Trabalho já entregaram seus postos de chefia ou coordenação, conforme o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait).
No Banco Central, o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) informou que 1.200 funcionários sem cargos comissionados ou previstos para substituição já aderiram ao movimento – mais de um terço do total de servidores na ativa (3.500) -, se comprometendo a não assumir funções de comissão.
Na terça, começou a rodar dentro do órgão outra lista virtual para entrega de cargos comissionados e comprometimento dos substitutos de não assumirem as funções – cerca de 1.000 funcionários em cargos de chefia e outros 500 substitutos, segundo o sindicato. A entidade prevê divulgar um balanço com as adesões até o fim desta semana.