A Bovespa abriu em queda impulsionada por todas as blue chips nesta segunda-feira, 5. A crise política no Brasil somada à desvalorização de índices acionários no exterior e de commodities – petróleo e minério de ferro, sobretudo – provocam a desvalorização do indicador. “O cenário é de cautela. O investidor quer ver o que vai acontecer nos próximos capítulos dessa novela da crise política”, afirmou um operador, destacando o início do julgamento da chapa Dilma-Temer na terça-feira.
Às 10h31, o Índice Bovespa marcava 62.341 pontos em queda de 0,27%. Nesse horário, o Brent para agosto recuava 1,26% e o barril era cotado abaixo dos US$ 49,40 na ICE em Londres. No horário acima, as ações da Petrobras exibiam leve alta, depois de abrir em queda.
O dia é de expectativa com a reunião da direção da petroleira com investidores em São Paulo. Como boa notícia, a empresa divulgou na sexta-feira o pré-pagamento de uma dívida com o Banco Itaú. Em Nova York, Dow Jones abriu em queda (-0,07%), assim como Nasdaq (-0,01%) e o S&P 500 (-0,10%).
O mau humor com a cena política também afeta o mercado cambial e o de juros futuros. Segundo agentes econômicos, cresce a percepção de que a crise política vai afetar ainda mais a economia. Vale destacar que a projeção mediana para o PIB de 2018 caiu de 2,48% para 2,40% no Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira.
Além do julgamento no TSE, é esperada para a terça a votação da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
O Plenário da Câmara pode votar, também a partir de terça-feira, o Projeto de Lei que permite o controle acionário das companhias aéreas brasileiras pelo capital estrangeiro, que tranca a pauta por tramitar com urgência constitucional.