O presidente do Chile, Gabriel Boric, realizou nesta terça-feira uma mudança grande em seu gabinete, dias após a população do país rechaçar uma nova Constituição. Boric tomou posse em março deste ano e a derrota da Carta foi vista como uma derrota de seu governo, que agora deverá negociar com a oposição meios de avançar para ainda elaborar uma nova versão de texto constitucional que possa substituir a atual, dos tempos da ditadura de Augusto Pinochet (1974-1990).
Boric discursou nesta terça e disse que a nova equipe deve "liderar o reencontro que temos de exercer com o processo constituinte", segundo o Twitter oficial da presidência.
Ele também falou especificamente sobre a importância da segurança como "tarefa prioritária", uma pauta importante na política do país neste momento, ao lado da inflação e da piora nas condições de vida.
Entre as mudanças, Giorgio Jackson assume como ministro de Desenvolvimento Social e da Família, Diego Pardow será o novo ministro de Energia, Silvia Díaz estará à frente da pasta da Ciência e Ximena Aguilera é a nova ministra da Saúde. A pasta da secretaria-geral da presidência estará a cargo de Ana Lya Uriarte. Carolina Tohá é a nova ministra do Interior. Ex-deputada, Tohá chegou a ser ministra porta-voz da então presidente Michelle Bachelet.
Analistas já previam, após o resultado do domingo, mudanças na equipe de governo, para buscar um perfil mais de centro-esquerda a fim de se cacifar para as negociações sobre os próximos passos para se buscar uma nova Constituição no país e também avançar em reformas almejadas pela atual administração, da previdência e outras.