Cidades

Dias tensos

 
Os 12 dias que restam para o primeiro turno das eleições municipais prometem ser os mais tensos das últimas disputas. O que ocorreu no final de semana, com troca de ataques entre os candidatos Eli Corrêa Filho (DEM), Gustavo Guti (PSB) e Elói Pieta (PT), um dos pivôs do embate, foi só uma mostra do alto grau de adrenalina que acompanha algumas campanhas.
 
 
 
Indefinição
 
A tensão cresce ainda mais diante da indefinição sobre quem pode ir ao segundo turno, já que as últimas pesquisas eleitorais divulgadas demonstram que existe um número grande de pessoas que não decidiram em quem votar. Isso se deve, em boa parte, segundo alguns analistas, ao momento político que vive o Brasil. A desconfiança em relação aos políticos gera um clima de desesperança “nunca antes visto da história deste país”.
 
 
 
Hostilidade
 
Caciques de algumas campanhas revelam inclusive que há candidatos recebidos nos bairros em um clima bastante hostil. Boa parte da população demonstra que não quer saber de políticos ou de promessas evasivas. Neste sentido, há um sério risco de uma onda de votos baseados em interesses pontuais, como os famosos “lanches” dados aos eleitores nos dias de eleição, que – dizem – podem chegar a R$ 100,00 por votante.  Que a Justiça Eleitoral seja rígida a fim de inibir essa prática, que está em franca organização.
 
 
 
Sequelas
 
Os atritos entre candidatos da oposição, em decorrência da disputa para ir ao segundo turno, podem deixar sequelas irreparáveis. O nível de ataques mútuos, principalmente os registrados entre Eli e Guti, inviabilizaria um acordo entre os dois numa disputa final de um deles contra o PT ou contra outro candidato de oposição? Será que é possível aparar estas arestas? 
 
 
 
A ver navios
 
Em junho, quando os acordos para a formação de coligações ainda eram costurados teve candidato a prefeito que trocou a estrela por um saco de papai noel, prometendo mundos e fundos a quem o acompanhasse. Na hora do vamos ver, deixou as “pobres crianças” a ver navios. Agora, usa e abusa da lábia – ou seriam carros de som? – para tentar seguir adiante. Para o eleitor, fica a dica: se não cumpre compromissos como candidato, imagina se um dia for prefeito.
 
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