Num clima de tensão, a presidente afastada Dilma Rousseff entrou na manhã desta segunda-feira, 29, no plenário do Senado, acompanhada do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), do seu advogado José Eduardo Cardozo e de senadores aliados. Não houve manifestações contra ou a favor por parte dos senadores.
O silêncio só foi quebrado pelos flashes e disparadas das câmeras dos fotógrafos. A área reservada à imprensa está lotada. Do lado de fora, jornalistas estão barrados pela segurança.
Ao chegar ao plenário, Dilma cumprimentou o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, que preside a sessão de julgamento do impeachment. Ela errou a cadeira que iria sentar. Tentou sentar-se à direita de Lewandowski, quando a cadeira reservada a ela é à esquerda.
Dilma terá inicialmente 30 minutos para falar, tempo que poderá ser prorrogado. Em seguida, responderá perguntas dos senadores, da defesa e da acusação. Cada senador terá até cinco minutos para fazer a pergunta. Dilma terá tempo livre para responder.