A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta quinta-feira, 28, em discurso na 44ª reunião do Conselhão, a reforma da Previdência Social como mais um elemento necessário para garantir a “perenidade” do equilíbrio fiscal. Em sua fala, a petista afirmou que é preciso construir uma “proposta de longo prazo”, a ser submetida à análise do Congresso Nacional.
Dilma lembrou que os brasileiros estão vivendo cada vez mais e, com isso, têm exercido o direto à aposentadoria por mais tempo. O problema pode se agravar porque, como lembrou a presidente, o Brasil está “em vias” de perder o chamado bônus demográfico, “situação mais confortável em que a parcela da população que trabalha é maior do que a de idosos e crianças somados”.
A presidente ressaltou que, em 2015, o governo adotou a regra 85/95 móvel para aposentadoria, classificada por ela como “uma forma engenhosa de iniciar a transição”. “Precisamos ir além e construir uma proposta de longo prazo a ser submetida ao Congresso”, afirmou, acrescentando que o Conselhão é o fórum adequado para essas proposições.
Em um aceno aos movimentos sociais e ao PT, Dilma ressaltou que o governo defenderá algumas premissas nessa reforma. Uma delas é que qualquer mudança deve respeitar os direitos adquiridos. De acordo com ela, é preciso levar em consideração também um o período de transição.
A presidente fez questão de destacar que o grande saldo dessas mudanças na Previdência será oferecer a quem está no mercado de trabalho uma sinalização clara e consistente de que as mudanças trarão mais benefícios do que a ausências de reformas. Segundo ela, os conselheiros precisam pensar, neste momento, em seus filhos e netos.
Dilma lembrou que os impactos das reformas na Previdência ocorrerão depois de ela terminar o mandato, em 2018, o que pode causar estranheza. “É uma questão de responsabilidade, por isso insisto, a hora é agora”, disse. “A Previdência Social precisa ser sustentável em um horizonte que vai além do meu governo”, acrescentou.