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Dilma evita comentar choro de Marina Silva

A presidente Dilma Rousseff afirmou neste sábado, 13, que não acha “pertinente” comentar o fato de sua adversária na corrida presidencial, Marina Silva (PSB), ter chorado ao comentar ataques recebidos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas salientou que “chorar é intrínseco ao ser humano” e que “para ser presidente é preciso aguentar a barra”.

Sem citar nominalmente a socialista, Dilma deu várias alfinetadas em Marina em discurso em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, onde participou de evento com movimentos negros. “O presidente da República sofre pressão 24 horas por dia. Se a pessoa não quer ser pressionada, não quer ser criticada, não quer que falem dela, não pode ser presidente da República”, declarou.

Ela ressaltou ainda que “o presidente não pode mudar de posição de cinco em cinco minutos” nem pode “vacilar diante de twitter”, em clara referência às mudanças de posição da adversária, incluindo em relação ao casamento gay, adotada após críticas no microblog feitas por um dos principais apoiadores da socialista, o pastor Silas Malafaia. “Nessa eleição tem muito ódio. Tem gente com muito ódio, tem gente também que usa a desinformação, a mentira. Temos que ser calmos. Temos que responder ao ódio com a esperança, que é o melhor remédio contra o ódio”, disse.

Pouco depois, em entrevista, a presidente foi questionada sobre o choro de Marina ao falar de críticas feitas por Lula, mas a petista foi direta: “Não vou comentar isso. Não acho pertinente”. Porém, emendou na sequência que “tem hora que você olha para um bicho e acha que ele está sofrendo. É diferente de nós, que choramos”. “Choramos porque nos identificamos com as coisas. Mas acho que é mais característico nosso, graças a Deus, é rir. O homem é um bicho que ri. Ri até de si mesmo”, ironizou.

Dilma também voltou a insinuar que Marina, cuja coordenadora de campanha é Neca Setubal, uma das sócias do Itaú, é sustentada por bancos e privilegiaria o setor em um eventual governo. “Se querem tirar os pobres do orçamento e colocar os bancos, nós não queremos e não deixaremos”, disparou.

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