A presidente Dilma Rousseff lamentou a morte da advogada Therezinha Zerbini, que faleceu nesse sábado, 14, aos 87 anos de idade. Therezinha foi ativista pelos direitos humanos e fundadora, em 1975, do Movimento Feminino Pela Anistia, em defesa do retorno dos exilados políticos ao Brasil durante a ditadura militar.
A advogada ficou seis meses presa em 1970, período em que conviveu com a presidente Dilma Rousseff no Presídio Tiradentes. “O País perdeu ontem uma cidadã que simbolizou como poucas a coragem da mulher brasileira. Tive o privilégio de conviver com Therezinha Zerbini em situações extremas: num cárcere da ditadura, onde nos conhecemos em 1970, e na luta pela Anistia, da qual ela foi pioneira, ao criar, em 1975, o Movimento Feminino Pela Anistia”, disse a presidente, em nota oficial enviada pelo Palácio do Planalto.
“Therezinha Zerbini tem lugar assegurado na História do Brasil, como protagonista de uma das mais belas campanhas democráticas que nosso País conheceu. É uma personagem da qual a família Zerbini e a cidadania brasileira devem se orgulhar para sempre.” O corpo de Therezinha será velado no Cemitério do Araçá e cremado no Crematório da Vila Alpina.
Therezinha era viúva de Euryale de Jesus Zerbini, um dos quatro generais a ter resistido à deposição de João Goulart e, por esse motivo, preso e cassado pelo regime em 1964. Também foi cunhada do médico Euryclides Zerbini, pioneiro em cirurgias cardíacas no País.