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Dilma: na economia, temos também o que comemorar

A presidente Dilma Rousseff ressaltou o respeito a princípios macroeconômicos, como controle da inflação e responsabilidade fiscal, como prioridades no seu governo, em seu primeiro discurso do segundo mandato, realizado no Congresso Nacional. “As mudanças que o País espera dependem de estabilidade e credibilidade na economia”, disse a presidente. Mas Dilma fez questão de pontuar que seu primeiro governo teve méritos na economia. “Na economia, temos com que nos preocupar, mas também o que comemorar”, afirmou ao afirmar que nos quatro anos de seu mandato a inflação permaneceu abaixo do teto da meta e assim continuará.

Ela ressaltou o nível, segundo ela, controlado do déficit público e afirmou que a dívida líquida do setor público é hoje menor do que quando ela assumiu a Presidência. Dilma falou ainda do alto patamar das reservas internacionais, do volume recorde de investimentos estrangeiros diretos e da taxa de desemprego, “nos menores patamares já vivenciados na história do nosso País”.

“Vamos criar, por meio de ação firme e sóbria, um ambiente mais favorável aos negócios”, disse Dilma, prometendo também um combate sem trégua à burocracia.

No discurso, a presidente, contudo, não fez uma menção direta a erros na economia ou correção. A fala em direção à melhoria no ambiente de negócios foi logo emendada a uma promessa de manutenção dos ganhos sociais. “Os primeiros passos dessa caminhada passam por ajustes nas contas públicas, com aumento na poupança, mas faremos com menor sacrifício possível para a população, em especial os mais necessitados.”

Dilma declarou ter “o mais profundo compromisso” com os direitos trabalhistas e previdenciários e se comprometeu também em manter a política de valorização do emprego e do salário mínimo.

Simples

A presidente, ao falar de economia, fez um adendo sobre o Simples Nacional, regime tributário para micro e pequenas empresas. Dilma reforçou a necessidade de se criar um mecanismo de transição para empresas que estão no simples e, ao crescerem, precisam se adaptar aos demais regimes tributários. E prometeu encaminhar ao congresso um projeto para criar a faixa de transição para esses casos. “Vamos acabar com o abismo tributário que faz os pequenos negócios terem medo de crescer. Sabemos que quando o pequeno negócio não cresce, o País também não cresce.”

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