Economia

Dilma pede investigação rigorosa para a tragédia em Minas

A presidente Dilma Rousseff quer uma apuração “com rigor” para buscar as causas do rompimento da barragem de mineração em Bento Rodrigues, no interior de Minas Gerais, que provocou a morte de uma pessoa já confirmada e deixou 13 pessoas desaparecidas. A presidente Dilma Rousseff está acompanhando o assunto e tem se reunido com ministros e conversado com o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel. Uma sala de acompanhamento foi montada no Palácio do Planalto desde o final da tarde de quinta-feira, 5, logo após a tragédia, para monitorar de perto o desenrolar dos acontecimentos e agilizar a tomada de medidas que dependem de mais órgãos atuando.

Por determinação da presidente Dilma Rousseff, o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, está desde a manhã desta sexta-feira, 6, na região de Mariana verificando medidas que podem ser tomadas para amenizar os problemas para a população atingida. A Agência Nacional de Águas (ANA) está fazendo avaliação de impacto ambiental para ver se como e quanto as populações das cidades próximas onde houve o rompimento da barragem serão afetadas. A ANA fará ainda um plano de avaliação e trabalho para tentar encontrar uma forma de diminuir o impacto, já que parte da lama é formada por lixo tóxico.

Entre as medidas adotadas pelo governo, a Casa Civil pediu ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), órgão ligado ao Ministério das Minas e Energia, que faça um levantamento completo das informações sobre a outorga e regularidade no funcionamento da barragem.

A presidente Dilma divulgou, nesta tarde, sete Tweets falando sobre a tragédia e pedindo apuração rigorosa para o caso e, em seguida, o Planalto divulgou nota oficial falando das providências tomadas. Não há decisão ainda sobre a ida da presidente Dilma a Minas para sobrevoar as áreas atingidas. Mas espera-se que isso possa acontecer ainda neste fim de semana, depois de o ministro Occhi repassar todas as informações a ela sobre o andamento da situação em Mariana.

Na nota à imprensa, o Planalto informa que “o governo federal reconhecerá estado de emergência da cidade para permitir o saque do FGTS pelas pessoas atingidas”. E explica que “equipe da Caixa Econômica também está na cidade para prestar todo o atendimento à população, reforçando a preocupação do governo não só com a solidariedade, mas com a prestação de serviços neste momento de dor e dificuldade da população de Mariana”.

Segundo a nota, equipes do Exército e da Defesa Nacional estão atuando em conjunto com a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil de Minas Gerais no recebimento de mantimentos e roupas para os desabrigados. A presidente, que se solidarizou com as vítimas nos tweets divulgados, elogiou o trabalho de voluntários que estão atuando na região.

O Planalto diz ainda que “o governo federal está plenamente empenhado em oferecer todo o suporte necessário à população atingida”, e acrescenta que o Exército e a Defesa Nacional estão em contato permanente com o governo de Minas, auxiliando as necessidades locais, a busca de desaparecidos e a assistência aos desabrigados.

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