A presidente Dilma Rousseff disse no início desta tarde, durante entrevista coletiva na Cidade do México, que seu governo quer a aprovação das medidas do ajuste fiscal “o mais rápido possível”. Questionada se a apreciação da Medida Provisória 664, que endurece o acesso à pensão por morte e ao auxílio-doença, poderia ocorrer ainda hoje no Senado, a presidente afirmou não saber, já que não está no Brasil.
“Nós sempre vamos tentar a votação o mais rápido possível, pois queremos superar essa questão das MPs e da lei de desoneração (da folha de pagamento). Queremos entrar em outro capítulo”, comentou Dilma. Ela afirmou que no dia 9 de junho o governo deve lançar o programa de concessões e, posteriormente, anunciar a terceira etapa do Minha Casa Minha Vida. “Temos uma série de outras iniciativas para a retomada dos investimentos”, acrescentou.
A presidente disse que ficou muito feliz com a aprovação da MP 665 no Senado, ontem, e minimizou a declaração do senador Lindberg Farias (PT-RJ), em defesa da área “mais desenvolvimentista” do governo, que seria representada pelo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, e faria contraponto ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy. “Ambos fizeram os cortes no Orçamento, eu participei de discussão com os dois. Estão querendo criar conflito que não existe”, garantiu.
Mercosul
Dilma voltou a defender o Mercosul, afirmando que o fato de o Brasil fazer parte do bloco não impediu o fechamento de acordos de comércio com outros países. “Não pode ser atribuído ao Mercosul o fato de que não houve acordo comercial com A, B, C, ou D”, afirmou. Falando sobre um possível acordo do bloco com a União Europeia, Dilma disse que “no nosso caso é possível alguns países irem primeiro e outros depois”. Mas ela não deu mais detalhes.
O governo tem dito que o Mercosul procura negociar uma data com a UE para que ambos os lados apresentem suas propostas para o acordo comercial, possivelmente ainda este ano. “O Mercosul é um marco importante. Não podemos desconhecer nossas relações com a Argentina, o Uruguai, o Paraguai e agora a Venezuela. São acordos importantes que não são conflituosos com os demais”, afirmou Dilma.