A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça, 28, que é preciso combater o uso de jovens pelo crime organizado, ao justificar a importância do programa Pronatec Jovem Aprendiz na Micro e Pequena Empresa. “Onde não há Estado, onde não há parceria, onde não há organização empresarial, a tendência é que as ações criminosas se desenvolvam e substituam as ações do Estado”, afirmou.
A presidente participou nesta manhã de uma reunião de trabalho sobre o programa, que faz parte da segunda fase do Pronatec e consiste no oferecimento pelo governo de capacitação técnica de jovens que irão atuar em micro e pequenas empresas. Segundo a presidente, o programa terá entre os critérios a priorização de zonas violentas e, portanto, vulneráveis do País.
“Não podemos aceitar que o crime organizado substitua o Estado brasileiro e a sociedade brasileira”, disse para uma plateia de representantes do setor empresarial e do governo. Segundo ela, essa etapa do programa é um passo decisivo para o Pronatec. No total, serão 15 mil vagas de qualificação voltadas especificamente para as micro e pequenas empresas.
Segundo a presidente, as empresas que contratarem os jovens serão beneficiadas, já que terão de arcar com menos encargos, porque haverá um período de ensino que será feito fora da empresa. “Elas terão no seu quadro funcional jovens com a incrível capacidade de aprender, a imensa curiosidade e a capacidade de transformar”, completou.
Em uma explicação inusitada, Dilma afirmou que não vai estabelecer uma meta para o programa. “Precisamos de todos para conseguir atingir esse desafio. Nós não vamos colocar uma meta, vamos deixar a meta aberta. Quando a gente atingir a meta, nós dobramos a meta”, disse.
Inclusão
Durante a reunião, a presidente afirmou ainda que os governos petistas têm como prioridade a questão social. “Uma coisa tem caracterizado a política do meu governo e do presidente Lula, que foi, é e sempre será uma política de inclusão social”, afirmou, citando os programas Bolsa Família, Luz Para Todos, Minha Casa Minha Vida e políticas de expansão da educação.