Estadão

Diniz diz que meta é ganhar jogos e não formar base para Ancelotti na seleção

Anunciado na noite de terça-feira como técnico da seleção apenas pelos próximos 12 meses, Fernando Diniz disse em sua primeira entrevista que irá basear suas convocações "para ganhar o próximo jogo", e não necessariamente para formar uma base para o técnico que assumir na sequência visando a Copa do Mundo de 2026. O italiano Carlo Ancelotti, do Real Madrid, está apalavrado com a CBF para assumir a seleção a partir de julho do ano que vem.

"Em princípio, minha intenção é convocar jogador para ganhar o próximo jogo", disse Diniz, acrescentando que dentro do possível tentará formar uma base.

Em suas primeiras declarações, Diniz afirmou que assume a seleção numa "mistura de alegria e honra". Ele confirmou que seu trabalho "em princípio" é de um ano, deixando em aberto a possibilidade de ficar mais tempo. "Ainda não se decidiu se engloba a Copa América."

O treinador foi indagado diversas vezes sobre eventuais questionamentos éticos que possam surgir por dividir a função de técnico de seleção e de clube. "A ética tem muito a ver com as pessoas que vão tomar as decisões", disse Diniz. "Quando eu estiver trabalhando para a CBF, vou convocar o que é melhor para a CBF, olhando o futebol brasileiro como um todo."

A contratação de Diniz foi definida na noite de terça-feira. Na ocasião, o treinador esteve na sede da CBF para acertar os últimos detalhes. O acordo vinha sendo alinhavado desde a semana passada.

Diniz firmou contrato de um ano, com término previsto para junho de 2024. É justamente o prazo necessário para encerrar o vínculo de Carlo Ancelotti com o Real Madrid. A CBF tem acordo com o italiano para que ele assuma a seleção brasileira a partir daí, visando a Copa do Mundo de 2026, que será sediada em conjunto por Estados Unidos, Canadá e México.

Até lá, Diniz irá dirigir a seleção, dividindo suas atenções com o Fluminense, com quem manteve seu contrato. O treinador passará a ter dedicação exclusiva à seleção assim que deixar o clube carioca. Da mesma forma, não está descartado que Ancelotti assuma o Brasil antes do segundo semestre do próximo ano. Isso vai depender, sobretudo, da campanha do Real Madrid em suas competições até lá.

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