Segundo ele, a primeira funciona a partir de uma bomba que é ligada através de uma correia ao motor. Com isso, é necessário que haja a necessidade de óleo para que não haja tanta fricção e não force ainda mais o motor do carro. Apesar disso, este sistema acaba roubando cerca de três ou quatro cavalos de força e, consequentemente, ocasiona uma perda maior de combustível. "A direção hidráulica se popularizou na década de 70 e foi usado muito em caminhões antes de ir para os carros. É um sistema barato, já que a manutenção não é muito cara", completa Satkunas.Para o conselheiro da SAE, este tipo de direção é recomendado a pessoas que estão começando a dirigir, já que pode sentir a sensação de conduzir um veículo pela primeira vez, e é mais fácil para desenvolver manobras, como a baliza, por exemplo. O iniciante consegue calcular a força a ser aplicada no volante para desenvolver as manobras.
Sistma bem diferente
Em relação a direção elétrica, o sistema é bem diferente. Ao ligar o carro, o volante envia sinal para um módulo eletrônico que aciona o motor elétrico, que funciona no lugar da bomba e independe do motor. Além de eliminar o uso de óleo e diminuir o gasto de combustível, este sistema também auxilia o motorista a realizar manobras mais precisas. "A direção elétrica surgiu na década de 80, na Ásia, em carros com pouca carga no sistema dianteiro. Depois, ele foi evoluindo e hoje carros comuns possuem essa direção", comentou.
De acordo com Satkunas, carros com esse sistema são recomendados a pessoas com mais experiência, pois já trabalharam com modelos com direção hidráulica e não ficarão tão dependentes da elétrica na hora de dirigir. Outra diferença são os sensores, que informam a velocidade e a rotação aplicada pelo motorista ao volante a uma central de controle, além de que o motor elétrico pode entrar em ‘Stand-By quando o motorista está dirigindo em uma estrada reta, sem mexer muito no volante, o que gera em uma economia maior de combustível.
Indagado a respeito se a direção elétrica pode um dia tomar o lugar da hidráulica, o engenheiro destacou que pode acontecer, mas devido a alguns fatores isso pode demorar muito para se tornar realidade. "No mercado, principalmente carros fora de garantia, é mais fácil consertar a hidráulica do que a elétrica, que precisa de uma troca do conjunto. Acredito que, com essa aceitação da hidráulica e mesmo com a popularização da elétrica, vai demorar muito para isso. O custo benefício é melhor para a hidráulica. Ela pode durar uns 15 anos mais ou menos", destacou.
Elétrico-Hidráulico
Outro sistema de direção desenvolvido é o elétrico-hidráulico. Este sistema intermediário funciona por meio de um motor elétrico, mas ainda existe a necessidade de óleo. De acordo com Satkunas, este modelo "foi usado em alguns carros no início da produção do Astra, mas deixou de ser utilizado devido ao custo alto de manutenção, já que todo o equipamento era importado, além de não ter muitos mecânicos especializados neste tipo de mecanismo", finalizou.