Internacional

Direita avança no Parlamento Europeu e revela nova dinâmica política

Na eleição para o Parlamento Europeu, concluída neste domingo (9), partidos de direita conquistaram um avanço significativo. Segundo projeções fornecidas pela União Europeia, os grupos de direita ganharam mais assentos, mas não o suficiente para assumir o controle do Parlamento, que seguirá sob a influência do grande bloco formado pelos partidos de centro.

Em nações como França e Alemanha, a ascensão de partidos de direita e o declínio dos centristas redefinem o cenário político e impactam diretamente a economia, afetando o euro e os mercados de ações.

Os números indicam que os partidos de direita devem somar 131 assentos no novo Parlamento. O grupo Conservadores e Reformistas, liderado pela primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, conquistará 73 cadeiras, um aumento de dez assentos em relação à eleição de 2019. Outro bloco de direita, o Identidade e Democracia (ID), que inclui o partido da francesa Marine Le Pen, terá 58 cadeiras.

Esse crescimento da direita é particularmente mais relevante na França, onde o bom desempenho de Marine Le Pen gerou uma crise política. O presidente Emmanuel Macron, que obteve menos da metade do percentual de votos da adversária, decidiu dissolver a Assembleia Nacional neste domingo (9) e convocar eleições antecipadas para o Legislativo francês.

Resultados parciais e impactos

Embora a direita tenha mostrado sua força, os partidos de centro continuarão a ser a maioria no Parlamento Europeu. O Partido Popular Europeu (PPE, de centro-direita) permanecerá como a maior força, com 184 assentos, um aumento de 14 cadeiras em comparação com 2019. Os social-democratas, entretanto, sofreram uma queda, ficando com 139 assentos, 15 a menos que na eleição anterior. Já os liberais do Renew perderam 29 cadeiras, totalizando 79. Juntos, esses partidos formam um bloco de 402 cadeiras, garantindo o controle legislativo.

Mesmo com o avanço da direita, a soma dos conservadores mais moderados, social-democratas e centristas liberais continuará majoritária, formando um grande bloco de 389 assentos em um total de 720. Esse bloco é crucial para a formação de compromissos legislativos e para a escolha do novo presidente da Comissão Europeia, o braço executivo do bloco.

A atual presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, que faz parte do PPE, conta com o apoio das maiores forças centristas e busca a reeleição.

No entanto, os resultados das eleições europeias demonstram um fortalecimento dos grupos de direita, refletindo um crescente sentimento de insatisfação e busca por mudanças entre os eleitores europeus. Esse movimento, embora não tenha alterado o controle majoritário dos partidos de centro, indica uma nova dinâmica política que poderá influenciar futuras decisões e políticas da União Europeia.

Guti celebra avanço da direita

O prefeito de Guarulhos, Guti, também manifestou seu entusiasmo com o avanço da direita no Parlamento Europeu. Em suas redes sociais, o chefe do Executivo guarulhense comemorou nesta segunda (10) os primeiros resultados do pleito.

“É importantíssimo para que a gente preserve cada vez mais a família. Precisamos ser bastante conservadores nos costumes e garantir também a liberdade na economia. É isso que uma pessoa de direita prega”, afirmou o prefeito.

Guti finalizou dizendo que deseja que o avanço da direita se repita também no Brasil, nas próximas eleições.

 

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