Saúde

Diretora do HMCA defende campanhas de vacinação

A médica também ressaltou que os profissionais da saúde estão entre os mais expostos e não podem abrir mão da imunização.

Em entrevista, Anna Karina Trombini, diretora-técnica do HMCA, falou sobre a importância das vacinas, destacando a segurança de ambas. A médica também ressaltou que os profissionais da saúde estão entre os mais expostos e não podem abrir mão da imunização.

A vacinação contra a gripe (Influenza) começou na segunda-feira, 12 de abril, em todo país. O Ministério da Saúde pretende imunizar 80 milhões de pessoas, alcançando pelo menos nove em cada dez integrantes dos grupos prioritários. Este ano, além da vacina da gripe, também há a da Covid-19, que segue sendo aplicada.

Diretora técnica do Hospital Municipal da Criança e do adolescente (HMCA), em Guarulhos (SP), administrado pelo IDGT, a doutora Anna Karina Trombini falou sobre a importância das duas vacinas, ressaltando a segurança de ambas. Contra a gripe, serão três grupos prioritários. Já as datas de mobilização, chamados de Dias D, serão definidas em cada município pela Secretaria de Saúde local.

“A vacina da gripe já é usada há bastante tempo. As cepas mudam anualmente e a OMS (Organização Mundial da Saúde) identifica as novas variantes. Como todos os vírus, o da gripe também é mutante e por isso é necessário este ajuste anual para que a vacina continue sendo eficiente. É muito importante tomar a vacina da gripe, pois é uma doença que mata crianças, adultos e idosos”, explicou a doutora.

Para os profissionais da saúde, segundo ela, tomar a vacina também é fundamental. “Diariamente, os trabalhadores da saúde têm acesso às pessoas contaminadas pelo vírus da gripe. É muito importante que eles tomem a vacina.”

Grupos prioritários

A primeira etapa da vacina contra a gripe, entre os dias 12 de abril e 10 de maio, abrange cerca de 25 milhões de pessoas. O foco está nas crianças entre 6 meses e 6 anos; gestantes e mulheres no período até 45 dias após o parto [puérperas]; povos indígenas; e trabalhadores da saúde.

A segunda etapa ocorrerá entre os dias 11 de maio e 8 de junho, tendo como público-alvo idosos com mais de 60 anos e professores. Nela, cerca de 33 milhões de pessoas deverão ser imunizadas.

A terceira fase, entre 9 de junho e 9 de julho, abrangerá cerca de 22 milhões de pessoas e abrangerá os integrantes das Forças Armadas, de segurança e de salvamento; pessoas com comorbidades, condições clínicas especiais ou com deficiência permanente; caminhoneiros; trabalhadores de transporte coletivo rodoviário; trabalhadores portuários; funcionários do sistema de privação de liberdade; população privada de liberdade; e adolescentes em medidas socioeducativas.

Covid

Ao falar sobre a vacina contra a Covid, Anna Karina fez um apelo. “Ela é fundamental para os profissionais da saúde que estão na linha de frente, que estão nos hospitais. A vacina, em muitos casos, ajuda a prevenir o aparecimento da Covid. E mesmo que a pessoa acabe se infectando, a vacina reduz muito a letalidade.”

Ao contrário da opinião de muitos negacionistas, a segurança dos imunizantes foi ressaltada pela diretora. “Todas as vacinas podem gerar alguma reação. Você pode ter uma febre, dor no local da aplicação ou uma prostração no primeiro dia. Mas não foi provada nenhuma morte associada ao uso da vacina e nenhum efeito grave. A ciência jamais admitiria uma vacinação em massa se os efeitos fossem maléficos. As pessoas não precisam ficar preocupadas. As vacinas são seguras, essenciais e prioritárias neste momento.”

A aplicação da vacina, conforme a diretora, é um dos recursos mais importantes para que a pandemia possa ser superada. “Já estamos vivendo há pouco mais de um ano com essa pandemia. Corremos muito e buscamos a prevenção na ciência, por meio das vacinas. É de suma importância que toda a população, assim que possível, tome a vacina. Só com este recurso conseguiremos superar esta pandemia e voltar ao nosso novo normal. É importante destacar que, provavelmente, a vacina contra a Covid também entrará no nosso calendário anual.”

Sobre a aplicação das duas vacinas na mesma época, Anna Karina fez um alerta. “É necessário que haja uma distância mínima de 15 dias entre as doses das vacinas. Se você tomou a primeira ou a segunda dose contra a Covid, tem que esperar 15 dias para tomar a vacina contra a Influenza, que é dose única. Quero finalizar dizendo que as duas vacinas são fundamentais e salvam vidas. É inquestionável o que elas podem nos trazer de benefícios.”

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