Estadão

Diretoria do Atlético-MG ignora forte pressão da torcida e banca Antonio Mohamed

Assim que terminou o jogo do Atlético-MG com o Red Bull Bragantino, em Bragança Paulista, com 1 a 1 no placar, a torcida do clube mineiro iniciou uma forte campanha nas redes sociais pela demissão do técnico Antonio Mohamed. Após o quarto jogo seguido sem triunfo – três empates e uma derrota – os atleticanos querem mudança no comando. Os dirigentes do clube, porém, foram na contramão da maioria dos times do País, ignoraram a pressão e bancaram o argentino no comando em discurso de profissionalismo e com farpas para oponentes.

"As críticas ao Antonio Mohamed acontecem por causa do ano passado (conquistou o Mineiro, a Copa do Brasil e o Brasileirão). Isso não pode nos influenciar de acharmos que precisamos demitir o técnico. Não podemos ser soberbos em achar que vamos ganhar tudo. Não sejamos como outras equipes", disparou Rodrigo Caetano, diretor executivo, em entrevista à Galo TV.

"Queria dizer para a massa do Galo que toda a movimentação nas redes sociais não vai interferir aqui dentro. Temos total confiança no trabalho que vem sendo feito. Respeitamos as opiniões, mas estamos blindados", garantiu o dirigente.

Rodrigo Caetano disse que o clube não investirá no meio do ano por causa da situação financeira delicada e voltou a reforçar a confiança em Turco Mohamed, a quem teceu elogios. "O Antonio Mohamed passou rapidamente a gostar do Galo e do ambiente. Ele disse que em mais de 30 anos de carreira nunca sentiu um ambiente tão favorável e com compromisso dos atletas. E detalhe importante, ele está sempre aberto ao diálogo."

O treinador garantiu que a pressão não o afeta, mostrou tranquilidade pelo apoio da diretoria e também por ver um crescimento no desempenho do time apesar da sequência sem vitórias.

"Temos que melhorar, mas não estou preocupado, pois estamos muito unidos. Estou muito comprometido com o Atlético e muito tranquilo, porque tenho respaldo da diretoria e dos jogadores", avaliou o treinador, que listou a evolução apresentada no empate com o Bragantino.

"O sabor é outro, porque a equipe recuperou a forma, a intensidade, o controle da situação. No segundo tempo, jogou como tem que jogar. No primeiro tempo também, por um momento. Somente tivemos 15 minutos de distração", avaliou. "Tivemos 18 finalizações, 65% de posse de bola. A equipe recuperou a sua forma e isso me deixa muito tranquilo. Temos de ratificar essa subida no sábado, jogando em casa (contra o Atlético-GO), e ganhando."

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