O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Nova York, John Williams, disse não ver motivos para um passo rápido no aumento de juros já no início. "Não há realmente nenhum tipo de argumento convincente de que você precisa ser realmente mais rápido desde o início", disse a repórteres depois de um discurso nesta sexta-feira.
Com poder de voto nas decisões monetárias deste ano, que a redução de balanços deve ser um processo "estável e previsível" com início ainda em 2022. Apesar da sugestão por outros dirigentes, Williams disse não ver razão para que títulos de hipotecas (MBS, na sigla em inglês) sejam vendidos no curto prazo.
A alta de juros básicos com ações ligadas à redução de balanço "devem ajudar a trazer a demanda para mais perto da oferta" e acalmar a inflação, afirmou.
Williams vinculou o aumento da inflação à alta demanda, mas disse que as pressões sobre os preços devem esfriar em parte devido à queda do impacto dos gastos do governo durante as fases mais agudas da pandemia. A inflação também deve ser moderada à medida que as interrupções no fornecimento relacionadas à pandemia são resolvidas, disse ele.
O dirigente afirmou ainda que os mercados estão preparados para o caminho que o Fed provavelmente irá seguir. "As condições financeiras já responderam com base na expectativa de ação do Fed."