Estadão

Dirigente do Fed não descarta mais aperto monetário à frente, em quadro incerto de inflação

A presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Boston, Susan Collins, afirmou nesta sexta-feira, 17, que prefere não descartar mais aumento de juros à frente, em um cenário de incerteza sobre a sustentabilidade do recente arrefecimento da inflação nos Estados Unidos.

Em entrevista à <i>CNBC</i>, a dirigente reconheceu "sinais positivos" de que a economia americana caminha para um quadro de maior equilíbrio de oferta e demanda, inclusive no mercado de trabalho. No entanto, Collins alertou que ainda é "muito cedo" para declarar vitória na batalha pela estabilidade de preços.

Susan Collins, que não vota nas reuniões do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) este ano, defendeu uma postura de "paciência" no processo de definição dos próximos passos da política monetária.

Segundo ela, houve notícias promissoras em relação ao cenário inflacionário, mas os dados costumam oscilar muito.

A dirigente acrescentou que, desde o último encontro do FOMC, os rendimentos longos dos Treasuries caíram, embora as condições financeiras permaneçam no geral apertadas, de acordo com ela.

Para Susan Collins, ainda há alguma restrição de crédito para empresas e famílias.

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