Estadão

Dirigente do Fed reforça necessidade por aperto monetário nos EUA

Para a presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Cleveland, Loretta Mester, a inflação nos Estados Unidos não vai reduzir por conta própria e é necessário que o BC tome ações para apertar a política monetária, inclusive com o início da redução do balanço de ativos já em 2022. "Se não vermos inflação reduzir após primeiras medidas do Fed, será um sinal de que precisamos tirar acomodação mais rapidamente", afirmou a banqueira central, em entrevista à emissora <i>CNBC/i> nesta quinta-feira.

Segundo Mester, não há <i>tradeoff</i> a considerar quanto ao aperto monetário, uma vez que manter a inflação sob controle também garante que o mercado de trabalho americano continue saudável.

Dirigentes de orientação mais <i>dovish</i> temem que um aperto muito severo das condições prejudique a meta de pleno emprego do Fed.

Quanto à redução da carteira de ativos do BC, Mester, que tem direito a voto nas reuniões do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), disse que ela pode ser realizada de forma ágil em comparação com a última vez que a operação foi realizada pelo Fed, após a crise financeiro do fim da década de 2000.

A dirigente ainda alertou para a adição de mais risco de alta à inflação por conta da guerra na Ucrânia, que deve afetar principalmente os preços de energia em todo o mundo.

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