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Dirigente do PT diz que Cappelli era militante antipetista e anti-Lula e defende presidente

Integrante da Executiva nacional do PT, Camila Moreno defendeu a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de não escolher o ex-secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, para suceder Flávio Dino (PSB-MA) e comandar a pasta.

A dirigente partidária elogiou o trabalho feito por Cappelli, mas disse que há menos de cinco anos ele era um "militante antipetista e anti-Lula inveterado" e que o cargo de ministro da Justiça exige confiança. O escolhido pelo presidente para ocupar o posto foi o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.

Cappelli foi procurado pelo <b>Estadão</b>, mas não havia se posicionado até a publicação desta matéria. Como mostrou a <i>Coluna do Estadão</i>, ele tem um convite de Eduardo Paes (PSD-RJ) para se tornar secretário de Ordem Pública da Prefeitura do Rio de Janeiro.

"Cappelli apagou suas postagens desrespeitosas c/ o PT e Lula, mas se vocês derem um Google dedicado, vão encontrar em outras fontes. Lula não é rancoroso, tanto que ele pôde ter um espaço de tanta visibilidade e poder", escreveu Camila em sua conta no X (antigo Twitter).

Lula deu autonomia a Lewandowski para montar sua equipe no Ministério da Justiça e, como revelado na coluna da Eliane Cantanhêde, pelo <i>Estadão</i>, Cappelli deixará o cargo. O secretário executivo tirou férias, mas anunciou que voltará ao trabalho até o fim do mês para ajudar na transição entre a gestão de Dino e a nova chefia.

O favorito para substituir Cappelli é o advogado Manoel Carlos de Almeida Neto. Ele fez parte da equipe de Lewandowski no STF e era o preferido do ex-ministro para substituí-lo no tribunal. Lula, porém, indicou seu advogado pessoal, Cristiano Zanin, para a Corte.

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