Os dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) esperam que a economia dos Estados Unidos tenha crescimento sólido no segundo trimestre deste ano, apesar da queda vista nos três meses anteriores. A observação consta na ata da reunião monetária mais recente, de 3 e 4 de maio, que não traz qualquer menção à possibilidade de recessão.
De acordo com o documento, os membros notaram que os componentes voláteis, como exportações líquidas e investimento em estoque, devem ter "pouco sinal" sobre o crescimento neste trimestre e observam que os gastos de famílias e investimentos fixos de empresas seguiram fortes nos três primeiros meses do ano.
A expectativa dos dirigentes é que o desequilíbrio entre oferta e demanda agregadas diminua ao longo do tempo. Eles observaram que a duração e magnitude dos gargalos de oferta, aumento da participação da força de trabalho e efeitos das políticas fiscais ligados à pandemia são incertos.
Conforme consta em ata, membros do Fed concordaram que os <i>lockdowns</i> para conter o avanço da covid-19 na China devem intensificar gargalos de oferta e, assim como a guerra da Rússia na Ucrânia, representam riscos à economia americana e global.
Quanto ao mercado de trabalho, alguns dirigentes notaram que há sinais de que fatores ligados à pandemia que restringiam a oferta de mão de obra diminuindo. A perspectiva econômica, porém, segue "bastante incerta".