O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira (28) que gostaria de ter mais participação nas eleições municipais deste ano e que, "discretamente", começará a atuar nas campanhas. Ao comentar o apoio ao candidato Bruno Engler (PRTB), em Belo Horizonte, o presidente admitiu dificuldades em prestigiar eventos políticos nos municípios.
"Como está o Bruno em BH, está crescendo?", indagou o presidente a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, antes de receber o convite para ir à capital mineira. "Eu tenho que ir para lá por meios próprios e não tenho como arranjar segurança para mim. É muito caro, não tenho condições. Gostaria de ter participação nas eleições municipais… Eu vou aos municípios, BH me interessa, gosto muito do Bruno Engler, pode fazer um bom trabalho caso chegue à prefeitura e, discretamente, vou começar a atuar", completou.
Bolsonaro voltou a negar gravações de vídeos na saída da residência oficial. "Terminando as eleições (eu gravo). Não quero dor de cabeça com política. Você me desculpa, mas não vou gravar", concluiu.
Segundo pesquisa Ibope divulgada no dia 15, Alexandre Kalil (PSD) lidera a intenção de votos para reeleição em Belo Horizonte com ampla vantagem. O atual prefeito registra 59%. Enquanto o segundo lugar é ocupado por João Vitor Xavier (Cidadania), com 7%. Áurea Carolina (PSOL) tem 3% e Bruno Engler, 2%. A margem de erro da pesquisa é de três pontos porcentuais, para mais ou para menos.
Em São Paulo, após o deputado Celso Russomanno (Republicanos) cair e oscilar negativamente nas pesquisas de intenção de voto para a Prefeitura, suas propagandas do horário eleitoral deixaram de mencionar Bolsonaro. Na estreia da propaganda eleitoral gratuita de rádio e TV, no dia 9, o jingle do candidato citava Bolsonaro três vezes. "Com Russomanno e Bolsonaro, quem ganha é a nossa cidade", dizia um trecho da música. Já no refrão, repetido duas vezes, constava o trecho "e Bolsonaro apoiando".