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Divertido, Uma Fada Veio me Visitar tenta buscar diferentes públicos de Xuxa

Aquelas pessoas mais novas podem não lembrar, mas Xuxa já foi um dos maiores fenômenos do audiovisual brasileiro – filmes como <i>Xuxa Requebra</i> e <i>Xuxa Popstar</i> foram as maiores bilheterias de seus anos de lançamento, por exemplo. Isso sem falar da franquia <i>Xuxa Só para Baixinhos</i>, no VHS e DVD. Assim, é interessante ver o retorno dessa artista brasileira ao mundo do cinema com <i>Uma Fada Veio me Visitar</i>, estreia desta quinta, 12.

Dirigido por Vivianne Jundi (<i>De Volta aos 15</i>), o longa-metragem é um inesperado remake do filme É Fada!, de 2016, com Kéfera. É uma história bem similar: depois de quatro décadas congelada, a Fada Tatu (Xuxa) é escolhida para a missão de fazer Luna (Antônia Périssé) criar uma amizade sincera com a garota que mais odeia na escola. A partir daí, entra toda aquela história envolvendo amizades inesperadas, superação e por aí vai.

Uma <i>Fada Veio me Visitar</i>, assim, é um filme bastante inofensivo: assim como quase todos os textos de Thalita Rebouças, o foco aqui é trazer uma lição em cima de uma história que tenta não se complicar demais, transitando entre o romance, a comédia e toques de drama.

<b>Xuxa entre o novo e o antigo</b>

Há uma grande surpresa no longa-metragem, porém: a busca de Vivianne em conversar com um público que vai além do óbvio. Há, sim, toda a história de bullying na escola, amizade e romances complicados que conversam com o público adolescente de Thalita Rebouças, mas há também inúmeras referências aos anos 1980 em uma busca de tentar encontrar esse público da Xuxa que hoje cresceu e é movido, sobretudo, pela nostalgia.

Nessa mistura, algumas coisas funcionam, outras ficam pelo caminho. São legais as sacadas de figurino da Xuxa, além de referências que surgem aqui e acolá envolvendo músicas da artista – difícil não esboçar um sorriso quando ela diz "todo mundo tá feliz".

Mas até chegar no ponto certo, há muitos erros, com cenas que causam constrangimento: como as caretas de Zezeh Barbosa imitando danças do TikTok ou, então, Xuxa vestida e imitando She-Ra.

No final, <i>Uma Fada Veio me Visitar</i> diverte e consegue emocionar principalmente com a boa química entre Xuxa e Antônia – a artista gaúcha pela empolgação de voltar aos cinemas, se entregando de verdade para a história, enquanto a filha de Heloísa Périssé encanta pela verdade de sua atuação; vale ficar de olho na jovem atriz.

Assim, <i>Uma Fada Veio me Visitar</i> não vai mudar a vida de ninguém. Mas vai deixar o dia de muitas pessoas mais divertido.

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