Cidades

Dívida da Prefeiteura com Civitas já passa de R$ 11 milhões

Em entrevista ao GuarulhosWeb, o presidente do Instituto Civitas, Ronaldo Araújo, afirmou que precisa de R$ 1,5 milhão por mês para manter os seis projetos que a entidade possui no município. Nos últimos dias agentes da organização protestaram contra os constantes atrasos nos pagamentos da Prefeitura ao Instituto. De acordo com o mandatário, a dívida na municipalidade é de pouco mais de R$ 11 milhões.
 
O acordo entre as partes é válido para a prestação de serviços em áreas educacionais e responsabilidade social. São atendidos os seguintes projetos: Projovem e Adolescente, Fundo Social, Abordagem Social, Peti, Agente de Apoio Educacional e Informática Educacional. No entanto, Araújo ressalta que para não haver qualquer atraso nos pagamentos dos vencimentos dos colaboradores e dos impostos, o Instituto Civitas necessita ter mensalmente R$ 1,5 milhão.
 
A entidade iniciou a prestação de serviços para a Prefeitura de Guarulhos em setembro de 2014 e teve seu contrato renovado um ano depois. Segundo o dirigente, em março do ano seguinte as escolas municipais, cerca de 200, já contavam com a totalidade dos agentes conforme prevê o contrato. Ou seja, 400. O programa iniciou com atendimento de 900 crianças especiais e atualmente esse número chega próximo das 2 mil. O Civitas mantém 630 funcionários nos projetos firmados com o Governo Municipal.
 
“Quando se iniciou o contrato e dentro do próprio contrato diz que primeiro seria fazer e criar uma metodologia de trabalho, desde a contratação e treinamento e a efetiva alocação desses agentes nas escolas. Em outubro já começaram as contratações e em novembro já havia 51 agentes nas escolas para que resolvessem os casos mais críticos”, explicou o presidente do Instituto Civitas. 
 
Ronaldo Araújo também esclareceu que, apesar do contrato firmado estabelecer o número de até 400 funcionários para inserir no projeto de inclusão dos alunos considerados especiais, os valores recebidos do período da assinatura até o fechamento do quadro de colaboradores foram investidos no processo de contratação e especialização dos mesmos. Além de revelar o destino, Araújo ressaltou o alto número de desistência de colaboradores durante o processo de contratação.
 
“Na realidade é impossível você contratar da noite para o dia até pela especificidade desse projeto. Você tinha que ter realmente pessoas capacitadas e treinadas para esse tipo de trabalho. Nós contratamos um bloco, fizemos um grupo de 50, mas no final do treinamento algumas acabaram percebendo que esse trabalho não era o perfil deles. O que aconteceu muito no começo”, concluiu.
 

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