A dívida líquida do setor público subiu para 34,2% do Produto Interno Bruto (PIB) em outubro ante 33,2% de setembro. Em dezembro de 2014, estava em 34,1% do PIB. A dívida do governo central, governos regionais e empresas estatais terminou outubro em R$ 1,972 trilhão. As informações, divulgadas nesta segunda-feira, 30, são do Banco Central.
Já a dívida bruta do governo geral encerrou o mês passado em R$ 3,813 trilhões, o que representou 66,1% do PIB. Em setembro, o saldo da dívida estava em R$ 3,789 trilhões, ou 66,0% do PIB. Em dezembro de 2014, essa relação estava em 58,9%.
De acordo com o BC, no mês, a relação dívida/PIB elevou 1,0 ponto porcentual por conta da valorização cambial do período, de 2,87%. Também impactaram o resultado do ano a incorporação de juros (+7,4 pp), déficit primário (0,3 pp), ajuste de paridade da cesta de moedas dívida externa líquida (+0,2 pp), desvalorização cambial de 45,3% (-6,4 pp) e o efeito do PIB nominal (-1,5 pp).
Gasto com juros
O setor público consolidado gastou R$ 17,884 bilhões com pagamento de juros em outubro, conforme o Banco Central. Houve uma forte redução em relação ao gasto de R$ 69,993 bilhões registrado em setembro passado. O saldo também ficou mais próximo dos R$ 21,508 bilhões vistos em outubro de 2014.
O Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) teve no mês passado um gasto com juros de R$ 6,268 bilhões. Já os governos regionais registraram despesa com esta conta de R$ 11,195 bilhões, e as empresas estatais tiveram gastos de R$ 421 milhões.
Nos primeiros dez meses de 2015, o pagamento de juro somou R$ 426,203 bilhões ou 8,86% do Produto Interno Bruto (PIB). Nos últimos 12 meses encerrados em outubro, a despesa com o serviço da dívida chegou a R$ 506,933 bilhões ou 8,79% do PIB.