O estoque da dívida pública federal (DPF) subiu 2,82% em maio, quando atingiu R$ 2,878 trilhões. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 27, pelo Tesouro Nacional. Em abril, o estoque estava em R$ 2,799 trilhões.
A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 34,76 bilhões no mês passado. Também houve emissão líquida de R$ 44,32 bilhões em títulos em maio. A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) subiu 2,77% e fechou o mês em R$ 2,744 trilhões.
Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 3,94% maior, somando R$ 134,70 bilhões no mês passado. De acordo com o Tesouro, a variação deveu-se principalmente à desvalorização do real frente às moedas que compõem o estoque da DPFe.
Participação de estrangeiros
Os estrangeiros diminuíram a aquisição de títulos do Tesouro Nacional em maio. A participação dos investidores não-residentes no Brasil no estoque da DPMFi caiu de 17,39% em abril para 16,60% em maio, somando R$ 455,54 bilhões, segundo os dados do Tesouro Nacional. Em abril, o estoque da dívida interna nas mãos de estrangeiros estava em R$ 464,29 bilhões.
A parcela das instituições financeiras no estoque da DPMFi teve elevação de 21,86% em abril para 22,87% em maio. Os Fundos de Investimentos aumentaram a sua fatia de 20,87% para 21,30% no período. Já as seguradoras tiveram redução na participação de 4,71% para 4,62% na passagem do mês.
DPF a vencer
A DPF a vencer em 12 meses subiu de 18,86% em abril para 20,40% em maio, segundo o Tesouro Nacional. Já o prazo médio da dívida caiu de 4,75 anos em abril para 4,67 anos no mês passado.
O custo médio acumulado em 12 meses da DPF manteve-se em 14,25% ao ano nos últimos dois meses.
Parcela de prefixados
A parcela de títulos prefixados na DPF subiu de 34,48% em abril para 35,32% em maio. Os papéis atrelados à Selic, por sua vez, diminuíram sua participação, de 26,16% para 25,84% no mesmo período, segundo dados divulgados pelo Tesouro Nacional.
Os títulos remunerados pela inflação caíram para 33,96% do estoque da DPF em maio, ante 34,55% em abril. Os papéis cambiais, por sua vez, elevaram a participação na DPF de 4,81% em abril para 4,88% em maio.
À exceção dos títulos atrelados ao câmbio, todas as demais categorias de títulos da DPF estão fora dos intervalos previstos nas metas do Plano Anual de Financiamento (PAF) 2016.
O intervalo do objetivo perseguido pelo Tesouro para os títulos remunerados pela Selic em 2016 vai de 30% a 34%. No caso dos que têm índices de preço como referência, a meta é de 29% a 33% e, no de câmbio, de 3% a 7%. Para os papéis prefixados, o intervalo vai de 31% a 35%.