Estadão

Djokovic desembarca e treina na Austrália quase um ano após deportação e punição

O sérvio Novak Djokovic está de volta à Austrália, onde estava proibido de entrar até conseguir a liberação de visto no início deste mês. Deportado do país em janeiro deste ano após ser impedido de disputar a última edição do Aberto da Austrália por não ter se vacinado contra a covid-19, o ex-número 1 do mundo desembarcou discretamente no aeroporto de Adelaide na noite de terça-feira e escapou das lentes das câmeras.

Nesta quarta, Djokovic foi ao clube Memorial Drive para iniciar os treinamentos para o ATP 250 de Adelaide, torneio com início marcado para 1º de janeiro e que servirá de preparação para o Grand Slam australiano. "Novak é bem-vindo na Austrália", afirmou Craig Tiley, diretor do major oceânico, em coletiva de imprensa na terça. "Ele será o jogador a ser batido no torneio, mais uma vez", concluiu.

Em razão do episódio ocorrido no início de 2022, o sérvio recebeu uma suspensão de três anos sem poder entrar na Austrália, mas o Ministério da Imigração derrubou o banimento no início deste mês e liberou o visto do tenista para a disputa dos torneios de 2023. Além disso, o Governo australiano não exige mais o comprovante de vacinação para desembarcar no país, como era feito até julho.

Com isso, o atual número 5 do ranking da ATP poderá buscar seu décimo título do Aberto Austrália, que começa a ser disputado no dia 15 de janeiro. Ao ser banido da última edição, perdeu a chance de ser campeão quatro vezes seguidas, pois foi o vencedor em 2019, 2020 e 2021.

Em janeiro, Novak Djokovic viveu um dos piores momentos de sua carreira, com repercussões mundiais e diplomáticas. Sem vacina e sem comprovante, obteve uma permissão especial para entrar na Austrália para disputar o Grand Slam em janeiro. No entanto, esta permissão não foi considerada pelas autoridades da fronteira.

Daí em diante, foram 10 dias de polêmicas e declarações controversas por parte do tenista e das autoridades australianas que acabaram nos tribunais locais. A Justiça local acabou decidindo pela deportação do tenista, que não pôde defender o título conquistado em 2021. Além disso, ele foi alvo de críticas até mesmo dentro do mundo do tênis por tentar entrar no país e disputar o torneio sem ter se vacinado, algo que foi exigido para todos os atletas.

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