Após um primeiro semestre espetacular, em que se tornou apenas o quinto tenista na história a vencer os três primeiros Grand Slam do ano (Aberto da Austrália, Roland Garros e Wimbledon) – algo que só Jack Crawford (1933), Don Budge (1938), Lew Hoad (1956) e Rod Laver (1962 e 1969) conseguiram -, o sérvio Novak Djokovic tem ótimas perspectivas para também terminar a temporada como número 1 do mundo.
Recordista de semanas na liderança do ranking da ATP, chegando a 329 nesta segunda-feira, Djokovic viu a sua vantagem na ponta cair muito pouco, com uma leve aproximação do russo Daniil Medvedev, que ainda assim está mais de 1.700 pontos atrás (12.113 contra 10.370). Contudo, o sérvio não tem tantos pontos a defender no segundo semestre e pode ampliar ainda mais a vantagem.
O número 1 do mundo deverá permanecer na ponta pelo menos até o US Open, já que defende somente metade dos pontos conquistados no Masters 1000 de Cincinnati, nos Estados Unidos, e pode somar qualquer ponto que conquistar no Masters 1000 do Canadá. De quebra, ele não passou das oitavas de final no Grand Slam em Nova York, tendo nova possibilidade de colocar mais pontos na conta.
Depois da temporada americana, há certas dúvidas de como será a reta final do ano, principalmente por causa dos torneios asiáticos. Depois do US Open, o sérvio tem a defender metade dos pontos pelas conquistas no ATP 500 de Tóquio, que não acontecerá em 2021, e do Masters 1000 de Paris. Além disso, há também a semifinal do ATP Finals.
Já o canadense Denis Shapovalov, semifinalista em Wimbledon ao perder para Djokovic, aproveitou a boa campanha em Londres para retornar ao Top 10 e igualar a sua melhor marca no ranking. Ele ganhou duas colocações na lista desta segunda-feira e agora aparece no 10.º lugar na ATP.
Outro que também subiu com o desempenho em Wimbledon foi o vice-campeão Matteo Berrettini, que melhorou uma colocação e agora é o número 8 do mundo, sua melhor posição da carreira. O italiano deixou para trás o suíço Roger Federer, que se segurou no Top 10 ficando no nono posto, ainda com alguma folga.
Federer tem mais de 1.000 pontos de vantagem para o atual 11.º do mundo, o polonês Hubert Hurkacz, mais um que aproveitou o tradicional evento sobre a grama para galgar sete posições e subir para o 11.º lugar, o mais alto da carreira.
BRASIL – O cearense Thiago Monteiro começou a semana com uma má notícia. No ranking da ATP, ele sofreu dura queda de 12 colocações, a quarta maior entre os Top 100, e agora está com sua colocação nesta faixa da lista sob risco.
Número 1 do Brasil, é agora o 93.º do mundo e tem apenas 26 pontos a mais no ranking do que o primeiro fora do Top 100 no momento, o francês Benoit Paire, que amargou queda de seis colocações e agora é o 101.º da ATP.
Segundo melhor do país, o paranaense Thiago Wild teve uma leve queda de uma colocação e agora é o 127.º do mundo. Os dois seguintes na lista são o mineiro João Menezes, que está em 209.º, ganhando uma posição, e o paulista Felipe Meligeni, 220.º do mundo e também um lugar acima em relação ao ranking passado.