O dólar abriu em alta nesta quinta-feira, 4, no segmento à vista em meio à percepção de que o Copom poderá parar de subir a Selic em setembro, após elevar o juro em 50 pontos-base, a 13,75% ao ano na noite desta quarta-feira, 3. Mas, passou a cair, puxado pela queda do dólar futuro de setembro em linha com a tendência de desvalorização da moeda americana no exterior ante pares principais e divisas emergentes e ligadas a commodities.
Os investidores ajustam posições de olho na reação da libra esterlina, que acentuou perdas ante o dólar, ajudando a impulsionar a Bolsa de Londres, em meio à coletiva de imprensa com o presidente do Banco da Inglaterra (BoE), Andrew Bailey, sobre a decisão de política monetária desta manhã. Bailey comentou que o aumento de juros de 50 pontos-base de hoje – o maior em 27 anos no país – "não significa que isso se tornará comum".
A alta de 50 pontos-base do juro pelo Banco da Inglaterra, a 1,75%, se deu por conta de pressões inflacionárias de curto prazo "significativamente" maiores, mas não significa que a entidade se moveu para um "caminho predeterminado" de subir os juros em meio ponto porcentual por reunião, segundo Andrew Bailey.
Em coletiva de imprensa após a decisão, o dirigente preferiu manter "todas as opções" abertas para a próxima reunião monetária do BoE, em setembro.
Bailey ressaltou, ainda, que as pressões inflacionárias mais fortes, puxadas pelo aumento no custo da energia, devem piorar a condição da renda real no Reino Unido e, desta forma, puxar o Produto Interno Bruto (PIB) junto. O BoE prevê que a economia do Reino Unido poderá entrar em recessão no 4º trimestre.
Às 9h35 desta quinta-feira, o dólar à vista caía 0,32%, a R$ 5,2613. O dólar para setembro recuava 0,51%, a R$ 5,3025.