O dólar abriu em baixa leve no mercado doméstico nesta segunda-feira, 21,, mas virou para o lado positivo, com uma realização após acumular perdas de 1,95% na semana passada, elevando a queda acumulada em fevereiro para 3,13% e, em 2022, a -7,82. Sem a referência dos mercados em Nova York, que seguem fechados por feriado hoje nos EUA, a liquidez local tende a diminuir e os investidores seguem atentos à cautela no exterior em meio ao impasse na crise geopolítica entre Rússia e Ucrânia.
A Rússia disse hoje que ainda é "prematuro falar sobre planos específicos para" uma reunião de cúpula entre os presidentes russo, Vladimir Putin, e dos EUA, Joe Biden, para discutir a crise da Ucrânia. "A reunião é possível se os líderes a considerarem viável", afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em teleconferência com repórteres nesta segunda-feira. O comentário veio após o presidente da França, Emmanuel Macron, propor o encontro a Biden e Putin no domingo.
Na Alemanha, a economia provavelmente se contrairá mais uma vez neste primeiro trimestre, segundo avaliação do Bundesbank, como é conhecido o banco central do país. Como o Produto Interno Bruto (PIB) alemão já encolheu 0,7% no quarto trimestre de 2021, uma segunda queda nos primeiros três meses deste ano levaria a maior economia da Europa a uma recessão técnica.
Em relatório mensal publicado nesta segunda-feira, o Bundesbank ressalta, porém, que os gargalos de oferta estão diminuindo e que as condições de demanda são mais favoráveis, preparando o terreno para uma recuperação durante a primavera europeia, caso ocorra um alívio na pandemia de covid-19.
Também a alta leve do petróleo e o avanço de 5% do preço do minério de ferro negociado em Qingdao, na China, cotado a US$ 137,54 a tonelada, ajudam a limitar a valorização da moeda americana no mercado local.
Às 9h24 desta segunda, o dólar à vista subia 0,19%, a R$ 5,1500. O dólar para março ganhava 0,23%, a R$ 5,1570.