O dólar iniciou a sessão dessa quarta-feira, 6, em baixa moderada, mas passou a subir no mercado interno. Na abertura, deve ter pesado o IGP-DI acima da mediana do mercado (2,10%) em março, pois reforça a percepção de inflação crescente e necessidade de alta de juros para controlá-la, o que pode assegurar manutenção de um diferencial de juros interno e externo bem favorável ao Brasil. No entanto, cautela no exterior com a inflação, altas de juros e desaceleração da economia global se sobrepõe e a moeda dos EUA passou a subir.
O recuo do PMI de serviços da China à zona de contração por causa do aumento das restrições e lockdowns adotados para conter a covid-19 e novas sanções de EUA e União Europeia à Rússia por conta da guerra na Ucrânia estão entre catalisadores da demanda por proteção em dólar, de acordo com operadores do mercado.
A Fundação Getulio Vargas (FGV) informou que os aumentos nos preços do óleo diesel, gasolina e fertilizantes turbinaram a inflação no atacado medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) de março. O IGP-DI saiu de uma alta de 1,50% em fevereiro para 2,37% em março. Com este resultado, o índice acumulou avanço de 15,57% em 12 meses.
Na renda fixa, a alta dos rendimentos dos Treasuries, do petróleo e algumas commodities agrícolas favorecem também os ajustes de posições em meio a expectativas negativas para a inflação e pela divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve à tarde (15h).
Às 9h39 desta quarta, o dólar à vista subia 0,39%, a R$ 4,6773. O dólar para maio ganhava 0,39%, a R$ 4,7040.