O dólar começou a sessão desta terça-feira, 5, com viés de baixa, mas passou a subir em ambiente de expectativas por anuncio de novas sanções contra a Rússia. Os focos seriam os setores de energia e de bancos.
A moeda americana ganhou força, com investidores ajustando posições, acompanhando o fortalecimento modesto no exterior frente o peso mexicano em meio altas do petróleo e dos juros dos Treasuries, que mantêm a inversão da curva de dois e dez anos, o que sugere em tese recessão à frente no país, apesar de alguns analistas refutarem essa possibilidade.
A continuidade da greve de servidores do Banco Central e paralisação de funcionários do Tesouro hoje ficam no radar. O investidor monitora ainda a sabatina dos indicados a diretorias do Banco Central, que já começou.
O economista Diogo Abry Guillen, indicado para o cargo de diretor de Política Econômica do Banco Central – cadeira que era ocupada por Fabio Kanczuk – está sendo sabatinado primeiro. Ele não participou das últimas duas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom). A CAE também deve avaliar nesta terça a indicação do economista Renato Dias de Brito Gomes, para o cargo de diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do Banco Central, no lugar de João Manoel Pinho de Mello, que deixou o BC no início de fevereiro, também ao final de seu mandato.
A XP Investimentos anunciou que aumentou a projeção de IPCA de 2022, de 6,2% para 7%, e 2023, de 3,8% para 4%; reduziu a estimativa de dólar no fim de 2022, de R$ 5,20 para R$ 5,00, mas manteve a R$ 5,30 para 2023.
Às 9h39 desta terça, o dólar à vista subia 0,09%, a R$ 4,6121, enquanto o dólar maio ganhava 0,29%, a R$ 4,6425.