Estadão

Dólar avança no mundo e ante o real após Fed, BoE, PMI chinês e Copom

O mercado de câmbio acompanha nesta quinta-feira a alta global do dólar após o tombo do PMI composto da China em abril e a sinalização do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) para novas altas de 0,50 ponto dos juros dos Fed funds nas próximas reuniões deste ano. Já o Comitê de Política Monetária (Copom) sinalizou que o ciclo de aperto da Selic pode continuar, após o aumento de 1 ponto, a 12,75% ao ano ontem à noite, que confirmou as apostas do mercado.

Ontem, o dólar fechou em queda, reagindo ao tom contido do Federal Reserve.

O Fed elevou os juros dos Fed Funds em 0,50 ponto, à faixa de 0,75% a 1,00% ao ano, conforme as previsões do mercado, e descartou elevações de 0,75 ponto neste ano para evitar desaceleração da economia do país.

Na Europa, o euro e a libra se enfraquecem nesta manhã, após o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) elevar juros também, em 0,25%, diante da avaliação de investidores de que tanto o BoE como o BCE estão muito atrasados no ajuste da política monetária em relação ao Federal Reserve dos EUA.

O presidente do BoE, Andrew Bailey, indicou um "caminho estreito" que a entidade deverá atravessar para tentar controlar a inflação no Reino Unido em meio à perspectiva de "desaceleração econômica aguda" decorrente de choques inflacionários tanto do lado da demanda quanto da oferta, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido deve recuar em 2023, provocando um aumento do desemprego a cerca de 5,5% em três anos.

Na China, mais dados evidenciam os impactos da pior onda de covid-19 que a segunda maior economia do mundo vem enfrentando. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da China recuou a 37,2 em abril, ante 43,9 em março, de acordo com pesquisa divulgada pela S&P Global e a Caixin Media.

A segunda taxa de contração mais acentuada na história da série, superada apenas pela observada em fevereiro de 2020.

Já o PMI de serviços chinês caiu a 36,2 em abril, atingindo o menor nível desde fevereiro de 2020, fase inicial da pandemia.

Às 9h46, o dólar à vista subia 1,74%, a R$ 4,9889. O dólar para junho ganhava 1,35%, na máxima, a R$ 5,0285.

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