O dólar opera em baixa alinhada à tendência no exterior na manhã desta sexta-feira, 2, mas desacelerou as perdas de mais de 1% registradas na abertura da sessão, refletindo uma realização parcial de ganhos acumulados de 4,07% nas últimas três sessões. A queda dos retornos dos Treasuries, após elevação ontem, e alta do petróleo favorecem alívio no dólar. Os investidores ajustam posições em meio à espera do relatório de empregos (payroll) dos Estados Unidos em agosto (9h30), que deve definir o rumo dos mercados globais durante o dia.
O resultado do payroll deve nortear as apostas para a alta de juros nos Estados Unidos neste mês. A expectativa é de desaceleração na criação de vagas para 300 mil, de 528 mil em julho, e um arrefecimento maior poderia esfriar as apostas de um aumento de 75 pontos-base dos Fed Funds, que é majoritária, ao redor de 70%, segundo o CME Group.
Por enquanto, os mercados locais monitoram os dados industriais do Brasil que vieram dentro do esperado. A produção industrial subiu 0,6% em julho ante junho, na série com ajuste sazonal, que veio em linha com a mediana das estimativas do mercado financeiro apurada pelo <i>Projeções Broadcast</i>. O intervalo das previsões ia de queda de 0,9% a alta de 1,1%.
Em relação a julho de 2021, a produção caiu 0,5%, também em linha com a mediana das projeções. Nessa comparação, sem ajuste, as estimativas variavam de recuo de 1,5% a alta de 1,6%. No acumulado do ano, que tem como base de comparação o mesmo período do ano anterior, a indústria teve uma queda de 2,0%. Em 12 meses, a produção acumula recuo de 3,0%.
Mais cedo foi divulgado que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,12% em agosto, de 0,16% em julho e de 0,05% na terceira quadrissemana do mês passado, segundo a Fipe. O resultado de agosto ficou em linha com a mediana das estimativas de instituições de mercado
Às 9h20, o dólar à vista caía 0,27%, a R$ 5,2241, ante mínima na abertura, a R$ 5,1636 (-1,43%), e máxima intradia a R$ 5,2351 (-0,06%). O dólar para outubro recuava 0,36%, a R$ 5,2610.