O dólar recua em linha com o exterior em meio à melhora dos índices futuros das Bolsas de Nova York, leve queda dos retornos dos Treasuries de 10 e 30 anos e alta persistente do petróleo na manhã desta quinta-feira, 20. Há pouco, nos EUA, saíram dados do mercado de trabalho mostrando que os pedidos de auxílio-desemprego caíram 12 mil na semana, a 214 mil, melhor que a previsão dos analistas (+230 mil solicitações).
Novas pesquisas eleitorais Datafolha e Exame/Ideia estão sendo analisadas, após confirmarem empate técnico na margem de erro entre Lula (PT) e Bolsonaro (PL). Uma eventual virada eleitoral está no radar, com investidores apostando que se Bolsonaro for reeleito haverá maior chance de privatização da Petrobras em cenário de Congresso mais conservador após o primeiro turno das eleições. Mas o petista segue na liderança nas duas sondagens do segundo turno.
Os investidores reduzem posições cambiais, reagindo à recuperação dos índices futuros em Nova York, após a divulgação de balanços trimestrais de grandes empresas americanas. Mas a melhora é limitada em Wall Street por expectativas de mais aperto monetário nos Estados Unidos, por causa da escalada da inflação e a resiliência do mercado de trabalho no país. O Petróleo amplia ganhos de ontem, com preocupações persistentes com a oferta e demanda pela commodity em meio à guerra na Ucrânia, altas de juros na Europa e EUA, aumento dos casos de covid-19 em Pequim e de desaceleração da economia na China.
O euro e libra passaram a subir ante o dólar, após registrarem perdas durante a madrugada. Mais cedo, os mercados ficaram mais cautelosos, diante da escalada da inflação ao produtor na Alemanha, depois dos índices de preços ao consumidor na Zona do Euro e no Reino Unidos renovarem recordes ontem, elevando apostas em aperto de juros agressivo pelo Banco Central Europeu na reunião do próximo dia 27 e pelo Banco da Inglaterra (BoE) no começo de novembro. O dólar se desvaloriza moderadamente também frente várias divisas emergentes e ligadas a commodities.
Mais cedo, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) apontou deflação de 0,83% na segunda prévia de outubro. A queda dos preços é menor que a registrada no segundo decêndio de setembro, quando o índice recuou 0,91%.
Às 9h43, o dólar à vista caía 0,74%, a R$ 5,2348. O dólar novembro recuava 0,64%, a R$ 5,2480.