Estadão

Dólar está volátil entre margem estreita com sinais mistos lá fora e agenda enxuta

O mercado de câmbio está volátil na manhã desta terça-feira, 6, com oscilação entre margem estreita em dia de agenda enxuta. A moeda americana retomou sinal de alta, acompanhando o fortalecimento do índice DXY do dólar ante seis moedas rivais. Há expectativas por um relatório semestral do Banco Mundial com novas projeções para o PIB global, após divulgação mais cedo de dados da Alemanha e da zona do euro mais fracos do que o esperado.

Há efeito limitado da deflação maior do IGP-DI na parte mais curta da curva, segundo operadores. O IGP-DI caiu 2,33% em maio, de -1,01% em abril e abaixo do piso das previsões do mercado financeiro, de -2,15%. Logo mais, o Tesouro faz leilão de NTN-B e LFT (11h00).

Lá fora, a manhã é de cautela, após dados mais fracos no setor de serviços dos Estados Unidos e apostas em pausa no aperto do Fed neste mês, além de menor chance de retomada de alta depois. Investidores repercutem também notícias de que a China orientou bancos estatais a cortar juros sobre depósitos em dólares.

Segundo a <i>Reuters</i>, um órgão regulador supervisionado pelo banco central da China (PBoC) orientou os principais bancos estatais do país a reduzir taxas de juros sobre depósitos em dólares, segundo quatro fontes com conhecimento do assunto, em nova iniciativa para sustentar a moeda chinesa, o yuan. As taxas oferecidas pelos bancos seriam limitadas a 4,3% para depósitos em dólares de US$ 50.000,00 ou mais. A medida entrou em vigor nesta terça, disseram as fontes, acrescentando que as novas taxas devem ser reduzidas em até 100 pontos-base em relação ao teto anterior, de 5,3%.

Na Europa, o dirigente do Banco Central Europeu (BCE) Klaas Knot disse hoje que poderá ser mais difícil controlar pressões da inflação subjacente, mas ressaltou que a política monetária está dando sinais de eficácia e que mais aumentos de juros deverão ser implementados gradualmente.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) informou nesta terça que a taxa anual de inflação ao consumidor (CPI, pela sigla em inglês) dos países que integram a entidade desacelerou para 7,4% em abril, ante 7,7% em março. Em outubro do ano passado, o CPI anual da OCDE havia atingido o pico de 10,8%.

O Produto Interno Bruto (PIB) da África do Sul cresceu 0,4% no primeiro trimestre de 2023 ante o último trimestre do ano passado, segundo pesquisa divulgada hoje pela agência de estatísticas do país, a Stats SA. Com o resultado, a economia sul-africana evitou uma recessão técnica, depois de ter encolhido 1,1% no quarto trimestre de 2022 ante os três meses anteriores, de acordo com revisão da Stats SA.

Às 9h33 desta terça, o dólar à vista subia 0,25%, a R$ 4,9427. Até esse horário, oscilou de R$ 4,9142 (-0,33%) a R$ 4,9447 (+0,29%). A moeda americana vem de três dias de perdas seguidas frente o real, acumuladas em cerca de 2,81% no período (junho) até segunda-feira, 5. O dólar para julho ganhava 0,15%, a R$ 4,9635. No mesmo horário, o euro caía a US$ 1,0672 (de US$ 1,0716 no fim da tarde de ontem) e a libra recuava a US$ 1,2396 (de US$ 1,2435). Em relação à moeda japonesa, o dólar subia a 139,80 ienes (de 139,56 ienes). Já o índice DXY do dólar – que mede as variações da moeda americana frente a outras seis divisas relevantes – tinha alta de 0,31%, a 104,32 pontos.

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