O dólar estende a queda no mercado à vista. A divisa americana abriu a quinta-feira, 4, rodando em torno de R$ 5,50, na máxima intradia, mas furou esse patamar e desceu até R$ 5,4848 (-1,50%) no mercado à vista.
Os investidores reagem à sinalização de corte de gastos de R$ 25,9 bilhões pelo governo Lula, à queda externa da divisa americana e à alta de 1,7% do minério de ferro na China.
Na quarta-feira, a moeda americana e as taxas de juros já caíram, apagando chance de alta da Selic em julho, mas ainda precificando algum aumento no ano.
Os ativos locais apagam boa parte do estresse recente, trazido por dúvidas dos investidores sobre o cumprimento das metas fiscais e as críticas recorrentes do presidente Lula ao BC.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu ontem que o Brasil "jamais" será irresponsável do ponto de vista fiscal.
A queda ocorre ainda em dia de liquidez reduzida pelo feriado do Dia da Independência nos EUA, que fecha os mercados por lá.
Na ata do BCE, divulgada mais cedo, os dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) concordaram que era importante transmitir maior confiança de que o processo de desinflação justificava a decisão da instituição de cortar juros na reunião de política monetária de 5 e 6 de junho. Na ocasião, o BCE reduziu suas principais taxas de juros em 25 pontos-base. No caso da taxa de depósito, foi a primeira redução desde setembro de 2019.
Por outro lado, autoridades do BCE também destacaram no mês passado a necessidade de manter a cautela e paciência em relação à trajetória futura da inflação, afirma o documento. O BCE busca reduzir a inflação na zona do euro para 2% de forma sustentável. Em junho, a taxa anual de inflação do bloco ficou em 2,5%, de acordo com dados preliminares. A próxima decisão de juros do BCE será em 18 de julho.
Às 9h26, o dólar á vista perdia 1,29%, a R$ 5,4968. O dólar para agosto cedia 0,99%, a R$ 5,5130.