Após oscilar e cair mais cedo, o dólar à vista passou a subir na manhã desta terça-feira, 15, acompanhando a aceleração da alta da moeda americana no exterior, puxada pelo avanço do rendimento dos Treasuries, após o PPI dos Estados Unidos acima do esperado, com alta de 0,8% em maio ante abril, ante previsões de +0,5%.
Nesta véspera de decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) e do Federal Reserve (Fed), os investidores seguem focados na inflação americana. Até então, o dólar à vista vinha oscilando em baixa e tendo dificuldades para subir em meio a uma liquidez ainda fraca no mercado, segundo operadores.
Já o dólar futuro de julho acompanha desde cedo a tendência de valorização da moeda americana no exterior nesta manhã e ampliou a alta, com máxima mais cedo, a R$ 5,092, reagindo à inflação ao produtor americano.
O mercado futuro pode estar precificando também alguma cautela com o risco fiscal do governo federal em meio a propostas de ampliação de valor dos benefícios do Bolsa Família e criação de um auxílio novo destinado a órfãos de pais vítimas da covid-19 inscritos no programa de renda. Dificuldades para um acordo para aprovação da MP da Eletrobras, que será pautada no plenário do Senado nesta quarta-feira, também são monitoradas, após a Consultoria Legislativa do Senado considerar a MP inconstitucional.
Além do PPI nos EUA, foram divulgados ainda as vendas no varejo no país, que caíram 1,3%, mais que o dobre da previsão (-0,6%), e o índice de atividade industrial Empire State, também com recuo a 17,4 em junho, embora melhor que o esperado (-22,9).
Às 9h54 desta terça, o dólar à vista ganhava 0,16%, a R$ 5,0783, após máxima em R$ 5,0828 (+0,16%). O dólar futuro para julho subia 0,35%, a R$ 5,0895.