Estadão

Dólar é negociado sem direção clara enquanto mercado assimila Copom

Depois de abrir e ser negociado por cerca de 20 minutos em queda, o dólar virou, marcou máxima em alta e passou a oscilar perto do último fechamento. A falta de uma direção clara mas com movimentos contidos também foi observada nos juros futuros, onde as taxas abriram com viés de queda, marcaram máximas em viés de alta e seguem operando perto da estabilidade.

O investidor nos mercados de dólar e, sobretudo, de juros reage ao comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom), que elevou a Selic ontem a 3,5% ao ano e "contratou" uma nova alta de 0,75 ponto porcentual em junho. Hoje, o Itaú Unibanco divulgou relatório em que os economistas escrevem que o tom do comitê foi mais "acomodatício", mais "flexível".

"O Copom manteve a mensagem de que terá postura parcialmente expansionista ao final do ciclo, e publicou uma projeção de inflação moderada para 2022", analisa, acrescentando que as estimativas inflacionárias do Copom seguem "bastante vivas". A nota cita que, assim como a LCA Consultores e a maioria do mercado, o Itaú já tinha em seu cenário aumento de 0,75 ponto porcentual da Selic no Copom do mês que vem.

No exterior, o dólar cai ante a maioria das moedas emergentes e ligadas a commodities, assim como perante uma cesta de seis moedas desenvolvidas. Entre 9h e 9h27, o Dollar Index (DXY) acentuou a queda, sobretudo pela alta da libra, após decisão do Banco da Inglaterra (BoE) sobre política monetária, e também pelo avanço do euro.

Em comunicado, o BoE avalia que a perspectiva de crescimento econômico do Reino Unido melhorou desde que suas últimas projeções foram divulgadas, em fevereiro, graças ao forte ritmo da vacinação contra a covid-19 e ao fato de que a atividade tem sido mais resiliente do que o previsto sob as medidas de restrição que o governo britânico espera suspender no fim de junho.

Mais cedo, o vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, afirmou que a economia da zona do euro pode apresentar uma melhora rápida e intensa nos próximos meses, com a aceleração da vacinação como o principal motivador do crescimento. Ele alertou, no entanto, que há riscos consideráveis à região vindos do setor corporativo, bancário e financeiro não bancário.

Às 9h27 desta quinta-feira, o dólar spot voltara a cair e era vendido a R$ 5,3534 (-0,20%). O dólar futuro recuava 0,06% aos R$ 5,3645. O Dollar Index cai 0,32%.

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