Estadão

Dólar oscila entre margens estreitas e tem viés de alta antes de Powell

O dólar abriu a terça-feira em baixa moderada, acompanhando o recuo dos retornos dos Treasuries em manhã de apetite leve por ativos de risco. Mas a moeda norte-americana passou a subir com ajustes de posições, acompanhando a valorização externa frente moedas rivais e várias emergentes ligadas a commodities em meio à espera de comentários do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, no Senado norte-americano (12 horas), cujo discurso costuma ser antecipado e pode trazer sinais sobre o ritmo de aperto monetário nos Estados Unidos.

Na agenda interna, há expectativas também pelos desdobramentos de reunião do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto (desde as 9 horas). O ministério não detalhou a pauta da conversa, informando apenas que serão tratados "assuntos de interesse do BC e do Ministério da Fazenda".

Ontem, porém, Haddad repetiu que Campos Neto está participando do processo de indicações para as duas diretorias da autarquia que estão com o mandato de seus titulares já expirado – as áreas de Política Monetária e de Fiscalização – e que fechou o novo arcabouço internamente, mas o texto ainda tem que ser mostrado para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O mercado olhou o IGP-DI de fevereiro, mas fica em segundo plano. O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta de 0,04% em fevereiro, após uma elevação de 0,06% em janeiro, abaixo da mediana positiva de 0,05%, de acordo com o Projeções Broadcast.

Ontem, dólar e taxas de juros futuras caíram em meio ao ambiente político mais tranquilo, estabilidade das expectativas de inflação no Boletim Focus e espera pelo anúncio do arcabouço fiscal, que deve ocorrer antes da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) deste mês, nos dias 21 e 22.

Às 9h35, o dólar à vista tinha viés de alta de 0,05%, a R$ 5,1728, ante mínima a R$ 5,1553 (-0,28%). O dólar futuro para abril subia 0,09%, a R$ 5,1995. Na mínima intradia, caiu a R$ 5,1820 (-0,25%).

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